Fertilização In Vitro: a evolução 40 anos após o nascimento do primeiro “bebê de proveta”.

Há 40 anos, nascia, em Londres o primeiro bebê concebido a partir da Fertilização In Vitro (FIV) no mundo. Segundo dados recentes da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia, estima-se que mais de oito milhões de pessoas tenham nascido por meio de Fertilização In Vitro (FIV) no mundo.

A técnica de Fertilização in vitro (FIV) começa com a estimulação da ovulação na mulher através de hormônios por um período que pode ser de 10 a 14 dias.

Os óvulos maduros são retirados e depois fecundados por um espermatozoide fora do organismo, em laboratório (daí o termo in vitro). A FIV tornou-se o melhor recurso de tratamento para praticamente todas as causas de infertilidade, revolucionando definitivamente o tratamento da infertilidade conjugal.

Entre as indicações mais frequentes, podemos destacar a ausência ou o bloqueio das trompas, a idade avançada da mulher, distúrbios de ovulação, endometriose, falência ovariana e infertilidade sem causa aparente.

A técnica de FIV possibilita também que casais homoafetivos possam constituir família com descendentes genéticos. Pessoas que desejam ter filhos sem um parceiro (produção independente), também podem se beneficiar da Reprodução Assistida.

O fator masculino é também frequente indicação para a Fertilização In Vitro, quando há uma baixa na contagem, alteração na motilidade e morfologia de espermatozoides, ou mesmo na ausência de espermatozoides no ejaculado.

O avanço das técnicas de criopreservação permitiu as mulheres a preservação da sua fertilidade, mediante o congelamento de embriões e o aumento da taxa acumulada de gestação e, mais recentemente, o congelamento de óvulos. Esse tratamento é uma excelente alternativa para mulheres com necessidade de adiar a gravidez.

Para os casais sorodiscordantes, em que o coito descoberto (sem uso de preservativo) pode levar a um aumento no risco de contaminação, as técnicas de Reprodução Assistida permitem que a fecundação ocorra em laboratório e o embrião seja transferido direto para o útero, reduzindo muito os riscos de transmissão.

Nesses 40 anos, os avanços dos recursos de imagem, principalmente com ultrassom, associado às drogas para estimular a ovulação e a evolução dos sistemas de laboratório utilizados para fertilização dos óvulos e cultivo dos embriões permitiram um aumento significativo nas taxas de gravidez e tornaram os tratamentos mais seguros.

Ficamos muito felizes em poder contribuir cada vez mais para geração de novos bebês, fazendo muitas famílias felizes e completas. A FIV tornou-se o melhor recurso de tratamento para praticamente todas as causas de infertilidade, revolucionando definitivamente o tratamento da infertilidade conjugal.

 

Matéria publicada originalmente na Revista Saúde 

 

Sobre o autor

1 resposta

Deixe seu comentário

Quer entrar na discussão?
Sinta-se livre para contribuir!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Posts recentes

Facebook