A importância do Congelamento de Óvulos e como as chances de ser mãe podem ser preservadas, com essa escolha.
Depois da pílula anticoncepcional, o congelamento de óvulos é a maior revolução no controle da reprodução da mulher. Afinal, a mulher passa a ter o total controle do momento que deseja ser mãe, seja pela anticoncepção ou pelo congelamento para uma gravidez futura.
O congelamento de óvulos é uma ferramenta da Medicina Reprodutiva que permite a preservação da fertilidade feminina. O congelamento oferece às mulheres a oportunidade de adiar a maternidade, seja por motivos médicos, pessoais ou profissionais.
A técnica inicial de congelamento era baseada em um congelamento em velocidade lenta, e os resultados de sobrevivência dos óvulos após o descongelamento não eram muito animadores. Contudo, com o desenvolvimento tecnológico, surgiu o processo de vitrificação dos óvulos, que congela imediatamente os óvulos, em uma velocidade ultrarrápida. Em ambas as técnicas, são adicionados líquidos para proteger o óvulo e diminuir os possíveis danos do congelamento no óvulo.
E como é o processo para congelar óvulos?
Inicialmente a mulher irá passar por uma consulta onde serão solicitados exames de sangue e de imagem, para avaliar como está o estoque de óvulos.
Ao iniciar a estimulaçao ovariana, serão utilizadas medicações hormonais para aumentar a quantidade de óvulos disponíveis para o congelamento. Serão alguns dias aplicando hormônios e avaliando como está o crescimento dos óvulos em exames de ultrassom.
Quando houver uma boa quantidade de óvulos em um tamanho adequado, o médico irá agendar a captação dos óvulos.
A captação dos óvulos ocorre em centro cirúrgico, com uma leve sedação, e é um processo bem rápido, de menos de 30 minutos.
Os óvulos vão para o laboratório e lá, serão analisados e preparados para o congelamento. Atualmente, todos os óvulos são congelados pelo método ultrarrápido de vitrificação.
Antes do desenvolvimento da técnica de congelamento de óvulos, as mulheres tinham um prazo biológico limitado para ser mãe. Afinal, sabemos que as mulheres nascem com um estoque limitado de óvulos nos ovários. A partir dos 35 anos há uma redução significativa da qualidade e da quantidade de óvulos, o que dificulta para engravidar e aumenta o risco de complicações durante a gestação. No entanto, com o congelamento, é possível preservar a qualidade dos óvulos em uma idade mais jovem, quando a fertilidade está no auge. Isso facilita as mulheres se tornarem mães em um momento posterior, quando se sentirem prontas. O congelamento de óvulos oferece a tranquilidade de saber que, mesmo que decidam adiar a maternidade, suas opções reprodutivas não estarão comprometidas no futuro.
Os óvulos congelados mantêm sua qualidade e capacidade de fertilização, mesmo após vários anos de armazenamento. Isso significa que, mesmo que uma mulher decida ter filhos em uma idade mais avançada, ela ainda terá óvulos de qualidade disponíveis para a fertilização in vitro (FIV) ou outras técnicas de reprodução assistida.
Quanto mais jovem a mulher congela seus óvulos, maiores são as chances de sucesso futuras. O uso de óvulos mais jovens permite maiores taxas de fertilização, gestação e nascidos vivos nas técnicas de reprodução assistida.
Assim, a indicação é de que, idealmente, a mulher congele seus óvulos o mais brevemente possível, preferencialmente até os 35 anos de idade.
Infelizmente o congelamento de óvulos não é uma garantia de 100% de gravidez futura, mas é uma opção que quando feita em idade nova (antes dos 30 a 35 anos), aumenta muito as chances de uma mulher realizar o sonho de ser mãe em uma idade mais avançada.
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Este conteúdo é informativo, não substitui uma consulta médica com especialista. Responsável Técnica: Dra. Kazue Harada Ribeiro – CRM/SC: 2035 – RQE: 300 / 301 / 9014
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