A Síndrome do Ovário Policístico pode causar infertilidade?

A Síndrome do Ovário Policístico pode causar infertilidade?

A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é a endocrinopatia mais comum nas mulheres em idade reprodutiva, caracterizada por um desequilíbrio hormonal, ocasionando alteração da ovulação e do ciclo menstrual.

A causa da SOP ainda não é totalmente esclarecida. Alguns estudos apontam para uma possível causa genética e outros, correlacionam com uma maior resistência do organismo à ação da insulina, gerando um aumento desse hormônio no sangue, alterando consequentemente os hormônios na mulher.

Os sintomas podem variar, porém os mais comuns são: ciclos menstruais irregulares, menor frequência de ovulação e dificuldade para engravidar. Em mulheres com SOP os níveis de hormônios androgênios (como a testosterona) podem ser produzidos em excesso nos ovários e dificultar a ovulação, prejudicando o processo de engravidar.

Quando isso ocorre, alguns sinais são observados, como: crescimento anormal de pêlos, aumento da oleosidade da pele, aparecimento de espinhas, queda de cabelos, aumento de peso e manchas na pele, principalmente nas axilas e atrás do pescoço.

O diagnóstico da síndrome dos ovários policísticos é baseado na história clínica da paciente, histórico do ciclo menstrual, dosagens hormonais no sangue e realização do ultrassom dos ovários.

O tratamento da SOP depende do sintoma e da queixa da mulher. Se a presença dos ovários policísticos estiver associada à obesidade, sempre a primeira linha no tratamento será as mudanças do hábito de vida.

Uma dieta balanceada, atividade física e perda expressiva de peso poderá restaurar o ciclo menstrual com retorno à ovulação. Normalmente é indicada a utilização de anticoncepcionais hormonais pois auxiliam na diminuição do hormônio masculino.

Em alguns casos, o uso de medicamentos que controlem a ação da insulina, como a metformina, também pode ser benéfico. Caso a queixa da mulher seja a infertilidade, pode ser necessário o uso de medicamentos para a indução da ovulação ou até mesmo tratamentos de reprodução assistida como a inseminação artificial e fertilização in vitro.

 

Ps.: Texto publicado originalmente na Revista Saúde Florianópolis.

A Síndrome do Ovário Policístico pode causar infertilidade?

Ovodoação - Clinica de Repdoução Humana - Clinifert

A ovodoação como alternativa para realizar o sonho da maternidade

desejo de engravidar é o sonho de muitas mulheres, mas muitas vezes acaba sendo adiado pelo desejo de primeiro conquistar a carreira profissional, a estabilidade financeira, encontrar um parceiro ideal ou outros motivos.

A taxa de mulheres grávidas por idade cai bruscamente. Ate 35 anos, existe uma possibilidade de 20% por ciclo da gravidez ir em frente. Aos 40 anos, 5%. E, com 45, apenas 1%. Ou seja, a capacidade reprodutiva da mulher vai diminuindo progressivamente com o avanço da idade, mas não é a única causa da infertilidade.

Algumas mulheres mais jovens também têm a reserva ovariana diminuída por falência ovariana prematura (menopausa precoce), endometriose ou decorrente de tratamentos oncológicos. Para estes e outros casos, a ovodoação destaca-se como uma das alternativas para a mulher que sonha com uma gravidez.

ovodoação consiste em fertilizar óvulos de mulheres saudáveis com idade igual ou inferior a 33 anos e transferi-los para mulheres que apresentam falência ovariana, ou seja, que não estão mais produzindo óvulos com boa qualidade. Ou ainda para mulheres com idade avançada, que tiveram diminuição do seu potencial de fertilização. Isso porque o importante para as taxas de sucesso de gravidez é a idade do óvulo, não necessariamente a do útero que ira recebê-lo.

“A ovodoação permite que a mãe geste um filho dentro do seu útero. Além de sentir todas as sensações da gestação, esta mulher tem a chance de passar para o feto suas características epigenéticas (“além da genética”) através dos seus próprios hábitos e estilo de vida, e por isso a técnica tem sido bem aceita pelas pacientes”, explica Dra Mila Cerqueira.

No Brasil, atualmente o procedimento deve ser por meio de doação anônima, respeitando as exigências do Conselho Federal de Medicina (CFM). Dessa forma, sigilo e anonimato são fundamentais nos tratamentos que envolvem a doação de gametas.

A doadora deve ter no máximo 33 anos, ter boa saúde, reserva ovariana adequada e sem fator aparente de infertilidade. Assim, a chance condizente com esse óvulo é “repassada” para a receptora. A busca por doadoras é realizada de acordo com as semelhanças físicas entre doadora e receptora, além da compatibilidade do grupo sanguíneo de ambas.

No momento da coleta de óvulos da doadora, esses óvulos poderão ser fertilizados com o sêmen do casal receptor ou congelado para uso em momento oportuno. Uma vez iniciado o tratamento, a paciente receptora dos óvulos começa o preparo do útero com hormônios, para deixar o endométrio receptivo aos embriões.

Sabemos que a maioria dos casais que precisa recorrer ao processo de doação de óvulos passa por um período importante de reflexão e aceitação da ideia de conceber um filho com material genético de outra pessoa. Nestes casos, a decisão deve ser de comum acordo entre o casal para estarem preparados para encarar de maneira totalmente aberta as outras possibilidades de formação familiar.

Quero ser uma doadora ou receptora de óvulos

Caso você tenha dúvidas ou queira saber mais sobre ser uma doadora de óvulos, ou ainda queira saber o que fazer para receber o óvulo doado, agende uma consulta com um de nossos profissionais. Clique no link correspondente a sua situação.

 

Material publicado originalmente na Revista Saúde.

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Por que não consigo ter o segundo filho - Clinifert Florianopolis

Por que não consigo ter o segundo filho?

Pode parecer estranho, mas isso é muito comum entre casais que planejam aumentar a família. Segundo dados do Centers for Disease Control and Prevention, um em cada sete casais nos EUA sofre de infertilidade secundária. No Brasil ainda não há estudos científicos sobre o assunto.

Esse diagnóstico tem menos aceitação que a infertilidade primária (quando o casal tem dificuldades em ter o primeiro filho), porque a mulher tem dificuldades para aceitar, pois acredita que algo errado esteja acontecendo com o seu corpo e por isso não consegue engravidar. Geralmente, a causa pode estar relacionada ao avanço da idade.

Contudo se isso está acontecendo é hora de realizar exames e identificar as causas, que podem também ser masculinas.

As causas da infertilidade secundária são praticamente as mesmas da infertilidade primária, entre elas:

Fatores femininos

· Problemas na ovulação
· Menopausa precoce
· Alterações tubárias
· Alterações no útero
· Alterações no endométrio
· Endometriose.

Fatores masculinos

· Problemas de motilidade e morfologia
· Azoospermia
· Varicocele
· Problemas de ejaculação.

O fator IDADE é uma GRANDE AGRAVANTE: a partir dos 35 anos a fertilidade da mulher começa a se reduzir, e muitas vezes é neste momento que os casais estão buscando ter o segundo filho. A obesidade também afeta a fertilidade, tanto na mulher quanto no homem.

Qualquer que seja a causa, o problema está relacionado a alguma razão que se agravou ou apareceu depois da primeira gestação.

Por isso, a decisão de procurar um profissional especializado em reprodução assistida é a alternativa mais segura para que o casal possa diagnosticar e tratar os possíveis problemas.

Consulte um profissional especializado em reprodução assistida, ele poderá ajudar você a identificar as causas e para reverter a situação para você continuar com o sonho de aumentar a família.

quem tem adenomiose pode engravidar - clinifert

Quem tem adenomiose pode engravidar?

A adenomiose tem um nome estranho e incomoda muitas mulheres no mundo todo. Uma estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que 10% das mulheres podem ter essa doença. Quando a mulher tem o desejo de ser mãe e ouve o diagnóstico dessa patologia, logo pensa: quem tem adenomiose pode engravidar?

É uma dúvida bastante comum. Para respondê-la, vamos esclarecer o que é esse transtorno, como se forma, quais são os sintomas e as possibilidades de tratamento.

De fato, a adenomiose é uma das possíveis causas de infertilidade feminina. No entanto, a ocorrência desse transtorno é mais comum em mulheres mais velhas. Sendo assim, a idade é, mais uma vez, um fator importante a se considerar quando existe a vontade de levar a termo uma gestação.

Antes de se perguntar se quem tem adenomiose pode engravidar, é preciso entender qual a sua relação com a gestação.

O que é adenomiose

A adenomiose é um transtorno ginecológico que afeta o útero da mulher. Nisso, essa enfermidade se assemelha à endometriose, uma das principais causas que afetam a fertilidade feminina. Mas as semelhanças param por aí.

Na endometriose, as células do tecido da cavidade uterina (endométrio) podem se soltar e se deslocar para os ovários, as trompas ou o abdome. Isso faz com que se multiplique e provoque um sangramento volumoso.

Por sua vez, a adenomiose é uma condição que se dá quando glândulas ou as tais células do endométrio se infiltram e formam nódulos na fibra muscular da cavidade uterina. Esse tecido faz parte da camada muscular mais grossa e interna do útero, chamada de miométrio.

Essa patologia é conhecida por ser um transtorno ginecológico que pode doer mais do que o parto, quando está na situação mais crítica possível. Além da dor, o fluxo de sangue também é bastante intenso, o que provoca cólicas muito fortes e prejudica demais o dia a dia das mulheres.

Possíveis causas da adenomiose

A causa exata dessa enfermidade não é muito conhecida. O que se sabe é que pode estar associada a algum tipo de lesão na parede uterina, que tenha por consequência o rompimento da divisão entre o endométrio e o miométrio.
Isso pode ocorrer em situações como:

  • Realização de cesariana
  • Uma curetagem
  • Cirurgia para ligadura de trompas
  • Aumento do hormônio estrogênio no organismo
  • Uma gestação anterior

Uma forma de identificar é pelo tamanho do útero, que fica mais inchado nas mulheres que sofrem desse mal. Por isso, a dor e o fluxo menstrual são mais intensos. Se você está preocupada em saber se quem tem adenomiose pode engravidar, o primeiro passo é ir ao ginecologista para checar a suspeita.

Como saber se tenho adenomiose

A forma de identificar a adenomiose é por meio de análise do histórico da paciente, com levantamento das queixas e exames de rotina. A confirmação pode ser feita por meio de exames como a ultrassonografia e a ressonância magnética.

que tem adenomiose pode engravidar - clinifert

A faixa etária em que a adenomiose costuma aparecer vai de 35 a 50 anos. Isso pode ser explicado pela presença maior do hormônio estrogênio no organismo feminino. Com a chegada da menopausa, no entanto, a produção desse hormônio é reduzida, e a adenomiose deixa de provocar tanto mal-estar.
Em resumo, os sintomas da adenomiose são:

  • Cólicas muito fortes no ciclo menstrual
  • Sangramento em grande fluxo durante a menstruação
  • Dor pélvica constante
  • Dor nas relações sexuais
  • Prisão de ventre
  • Dificuldade de engravidar

Importante destacar que, em 35% dos casos, a mulher não percebe os sintomas dessa patologia ginecológica.

Quem tem adenomiose pode engravidar?

Apesar de ser um pouco mais difícil, é possível engravidar, mesmo com adenomiose. Estimativas indicam que 14% das mulheres inférteis têm essa patologia. Com o tratamento devido, existem chances de a gravidez ocorrer.
A dificuldade de engravidar para quem tem adenomiose ocorre no momento da nidação.

Isso quer dizer que, após a fecundação do óvulo, o embrião viaja até o útero e precisa se fixar no endométrio para se desenvolver. No caso da mulher com adenomiose, essa fixação pode ser prejudicada, uma vez que há partes estranhas de tecidos na parede uterina.

Para o tratamento desse transtorno ginecológico, existem opções como:

  • Uso de medicamentos anti-inflamatórios
  • Terapia hormonal
  • DIU Mirena
  • Anticoncepcionais
  • Cirurgia para retirada dos nódulos
  • Em casos extremos, a histerectomia, ou seja, a remoção do útero

Se você foi diagnosticada com adenomiose ou conhece alguém que passa por essa experiência, é importante se informar e buscar uma rede de apoio. Trocar ideias e conselhos sobre essa patologia pode ajudar a superar as dores e buscar o tratamento adequado.

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Gravidez homoafetiva: como escolher quem irá gerar o bebê? - Clinifert

Gravidez homoafetiva: como escolher quem irá gerar o bebê?

A decisão de ter filhos envolve muitas escolhas. Se a primeira já está feita – a ampliação da família -, é hora de pensar em como essa concepção vai se realizar. Na gravidez homoafetiva, existem muitas possibilidades de reprodução assistida, tanto para casais de homens quanto de mulheres.

No caso das mulheres, ambas têm – em tese – as condições necessárias para a gestação de um bebê. Às vezes, é uma decisão simples: uma das parceiras sente um grande desejo de gestar um bebê, enquanto a outra nem considera passar pela experiência de engravidar e parir, apesar de querer ter um filho.

No caso da gravidez homoafetiva que envolve um casal de homens, é necessário o envolvimento de uma terceira pessoa, tanto para a gestação quanto para a doação do óvulo.

Gravidez homoafetiva: quais os métodos disponíveis

No Brasil, os casais homoafetivos têm os mesmos direitos à reprodução assistida que os heterossexuais. Isso está garantido por uma resolução do Conselho Federal de Medicina. Basicamente, existem duas opções para casais de mulheres na gravidez homoafetiva: a fertilização in vitro ou a inseminação artificial. O fator em comum entre as opções é a necessidade de um doador de sêmen, que não pode ser um conhecido do casal.

Inseminação artificial

Nesse método, o espermatozoide é inserido por via vaginal no útero da mulher que vai gerar o bebê. Não há a retirada do óvulo, e a fecundação é realizada internamente.

Fertilização in vitro

Para a fertilização in vitro, a fecundação ocorre fora do corpo da mulher e, depois, é inserido o embrião na cavidade uterina. Assim, para a gestação, há duas possibilidades. A própria doadora do óvulo pode dar continuidade à gestação, ou a outra parceira pode receber o óvulo fecundado e, assim, participar ativamente do processo. Converse com sua parceira e seu ginecologista para saber qual a melhor opção para o casal.

Gravidez homoafetiva para um casal de mulheres

A grande dúvida no caso da gestação em um casal de mulheres é: e quando as duas envolvidas querem passar pela experiência de carregar o bebê no ventre? A escolha se torna um pouco mais complexa, e deve levar em consideração uma série de fatores.

É bastante comum que as duas parceiras queiram participar da gravidez homoafetiva. Dar à luz e sentir um pequeno ser se desenvolvendo dentro de você é uma experiência tão intensa – maravilhosa e, ao mesmo tempo, cansativa e assustadora – que o casal geralmente tem o desejo de se participar de alguma forma.

Gravidez homoafetiva para um casal de homens

A escolha da mulher que vai levar a gestação adiante tem de ser bem pensada e planejada. A resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que regulamenta a reprodução assistida no Brasil permite que se envolvam no processo apenas familiares do casal.

Até pouco tempo atrás, apenas a mãe, a avó, a irmã, a tia ou a prima poderiam participar da gestação de substituição – também conhecida como barriga solidária. A partir da atualização, em 2017, filha e sobrinha também estão autorizadas a ceder o útero temporariamente para a gestação do filho do casal. Para aumentar as chances de êxito no procedimento, a mulher deve ter no máximo 50 anos de idade.

Gravidez homoafetiva: como escolher quem vai gerar o bebê

Independentemente do tipo de casal – seja de homens ou de mulheres -, a gravidez sempre será vivenciada por uma mulher. Sendo assim, há diversos fatores que devem ser considerados na escolha dessa pessoa que vai ceder temporariamente o útero para a gestação.

Fertilidade

A primeira coisa a se considerar é a fertilidade. É recomendável que a mulher faça exames para descobrir quais as chances de engravidar. A que for mais fértil provavelmente terá mais chances de levar a gravidez adiante.

Idade

A quantidade e a qualidade dos óvulos diminuem com o passar dos anos. Sendo assim, se houver uma diferença significativa de idade entre as parceiras, a mais nova terá mais chances de conceber. No caso dos homens, é recomendada a escolha da parente mais jovem.

Saúde e condições clínicas

Considerem as condições de saúde da mulher. Investiguem o histórico das famílias e possíveis doenças hereditárias, procurem saber se é portadora de doenças como diabetes, hipertensão e infecções, ou qualquer outras situações que podem interferir na fertilidade ou tornar a gravidez complicada.

Estilo de vida

Ter hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática de atividades físicas e cuidados com a saúde mental, são grandes vantagens para quem deseja engravidar. Estar muito acima ou muito abaixo do peso pode prejudicar a gestante. Hábitos como o consumo do álcool, cigarro ou drogas devem ser descartados.

Outras questões a se considerar na gravidez homoafetiva

Além de questões relacionadas à saúde e estilo de vida, vale a pena considerar outros fatores sociais. Entre eles, podemos citar o plano de saúde. A mulher que vai gerar o bebê tem opções de atendimento, internação e tratamento?

Em relação ao trabalho: qual dos dois parceiros do casal terá mais flexibilidade para se ausentar durante a gravidez, se necessário, ou na licença-maternidade ou paternidade?

Essas são questões práticas de que poucas pessoas se lembram quando pensam em ter um bebê. Gostou das informações?

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Dra. Mila Cerqueira participa do Curso Dinâmico de laser em Ginecologia Regenerativa

O uso de estrógenos representa o tratamento eletivo para atrofia vulvovaginal, no entanto, um tratamento não hormonal deve ser considerado como alternativa, sabendo-se das restrições da Terapia de Reposição Hormonal.

O Laser veio ocupar essa lacuna dentro da ginecologia e com trabalhos e publicações científicas sérias e robustas mostra-se como uma excelente opção no tratamento da Síndrome Urogenital da Menopausa (SUG). Observamos também ótimos resultados no tratamento da flacidez da vulva e vagina, do clareamento vulvar, além de ser um método promissor para tratamento da Incontinência Urinária de Esforço (IUE).

Entenda a relação entre fertilização in vitro e gravidez de gêmeos - clinifert

Entenda a relação entre fertilização in vitro e gravidez de gêmeos

Segundo a autoridade para a Fertilização e Embriologia Humana (Human Fertilization and Embryology Authority – HEFA), uma em cada cinco gestações realizadas por meio da Fertilização In Vitro (FIV) pode resultar em gestação múltipla, ou seja, de gêmeos, trigêmeos ou mais.

O dado estatístico apontado pela HEFA pode não parecer uma grande surpresa para muitos, afinal, a maioria de nós conhece casos de mulheres que optaram pela FIV e geraram mais de um bebê simultaneamente. Por isso, há uma pergunta que muitos se fazem quando o assunto é Fertilização In Vitro: qual é a relação entre a técnica e a gravidez de gêmeos? Confira neste artigo.

Entendendo a Fertilização in Vitro

Dentre os métodos de reprodução assistida, a FIV é uma das técnicas para tratamento de infertilidade que mais tem ajudado mulheres a realizar o sonho de ser mães. Trata-se de um procedimento que começa com a estimulação ovariana, que leva de 10 a 14 dias.

Em seguida, os óvulos passam pelas etapas de coleta, escolha e classificação para, então, ser fertilizados em laboratório. Após isso, em um procedimento indolor e sem necessidade de analgésico ou sedativo, os embriões são colocados dentro da cavidade uterina.

E de quantos embriões estamos falando? Visando limitar a quantidade por paciente, e pensando na idade da mulher como fator prevalecente, o Conselho Federal de Medicina (CFM) definiu que:

  • Para mulheres de até 35 anos podem ser transferidos até dois embriões.
  • Para mulheres de 36 a 39 anos a limitação passa a ser de três embriões.
  • Acima dos 40 anos podem ser transferidos até quatro embriões.

A fim de explorarmos um pouco mais sobre a Fertilização In Vitro, ressaltamos que a técnica mais utilizada é a Injeção Intracitoplasmática do Espermatozoide (ICSI), indicada em quase todos os casos de infertilidade. Como explicamos no artigo Qual a diferença entre Inseminação Artificial e Fertilização In Vitro, ela consiste na injeção de um único espermatozoide dentro do óvulo por meio de um equipamento de micromanipulação e microscópio de alta resolução.

Bom, mas agora que você entendeu o que é a FIV e tem conhecimento sobre como o método funciona, vamos para uma pergunta bastante comum.

Quanto mais embriões, maiores as chances de gravidez de gêmeos?

É verdade que, quando falamos de Fertilização In Vitro, existe uma relação entre número de embriões e gravidez de gêmeos. Em mulheres com idade mais avançada, por exemplo, as chances de uma gestação múltipla são maiores justamente porque são inseridos mais embriões. No entanto, destacamos que a maioria dos tratamentos de FIV resultam em uma gestação única.

Vale lembrar que alguns fatores influenciam no desenvolvimento dos embriões, tais como a sua qualidade e a dos óvulos e espermatozoides; de como a clínica realiza todo o processo; do endométrio etc.

À medida que a medicina avança, especialmente no campo dos tratamentos para infertilidade, espera-se que sejam reduzidos os números de embriões implantados pela FIV. Aliás, hoje em dia os médicos já são mais cautelosos a fim de evitar ao máximo as chances de uma gravidez tripla. O motivo disso é que eles entendem que uma gestação de trigêmeos pode trazer riscos muito mais graves para os fetos e para a mãe.

Uma gravidez de gêmeos, ao contrário, não apresenta tantos riscos. No entanto, existem alguns pontos de cuidado que a gestante deve considerar.

Quais as possíveis complicações no caso de gravidez gemelar?

Toda gestação merece um carinho especial. No caso da gravidez de gêmeos é importante prestar atenção em alguns fatores. Um deles tem a ver com a diabetes gestacional, uma vez que mulheres com gestação múltipla estão muito mais propensas a desenvolver a doença.

O parto prematuro entra na lista de complicações da gravidez de gêmeos. Por nascerem antes do tempo é mais comum os bebês terem baixo peso e um crescimento restrito. Para a mamãe, existe uma propensão maior de sofrer de problemas gastrointestinais durante a gravidez, como a constipação.

Também são mais frequentes as náuseas e os vômitos, especialmente porque aumentam os níveis da gonadotrofina coriônica humana (hCG, o hormônio da gravidez no corpo). Além disso, as chances de pré-eclâmpsia sobem em três vezes na gestação gemelar.

E se acontecer gravidez de gêmeos?

Você optou pela Fertilização in Vitro e descobriu que está grávida de gêmeos. Ainda que muitos casais sonhem com isso, sabemos que existem muitos outros que não têm tanta segurança assim ao tocar no assunto.

A gestação pode ser um pouco mais complicada, mas a mamãe recebe um acompanhamento maior de seu médico, tanto em quantidade de consultas quanto de exames de ultrassom. Isso porque a situação do colo uterino e a pressão arterial devem ser acompanhadas bem de perto. Sobre este último, o acompanhamento é necessário porque, como comentamos, a gravidez de gêmeos aumenta os riscos de pré-eclâmpsia, pressão alta e diabetes gestacional.

Importante: escolha o tratamento certo

Há diversos tratamentos para casos de infertilidade conjugal. A FIV é indicada para praticamente todas as causas, mas o ideal é você conversar com um especialista no assunto e analisar as opções disponíveis.

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doenças comuns que afetam a fertilidade feminina - Clinifert

Doenças comuns que afetam a fertilidade feminina

Existem diversas razões para a dificuldade de engravidar. Nem sempre é fácil identificar qual a causa principal ou decisiva. Pode ser algo relacionado à fertilidade feminina, masculina e, até mesmo, uma combinação das características de ambos.

Quando se leva mais de um ano tentando conceber um bebê sem sucesso, com relações sexuais frequentes, vale a pena investigar. Procure um atendimento médico e solicite o diagnóstico de fertilidade feminina. Nessa avaliação, é feito um levantamento detalhado a respeito da saúde da mulher e de seu histórico ginecológico.

Nesse processo, são investigadas as possibilidades que interferem nas chances de gravidez. Em relação à fertilidade feminina, existem doenças comuns que afetam a concepção e que devem ser observadas para dar o tratamento correto. Essas enfermidades podem afetar, principalmente, o útero, as tubas uterinas e os ovários. Veja quais são:

Fertilidade feminina e a endometriose

É a principal causa associada à infertilidade feminina. Estima-se que 40% das mulheres com problemas de fertilidade tem endometriose. Nem toda mulher com endometriose será infértil, mas um terço delas tem dificuldades de engravidar. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, de 10 a 15% das mulheres em idade fértil – 15 a 49 anos – tem endometriose. Isso representa cerca de 7 milhões de brasileiras.

O endométrio fica na parte interior do útero; é um tecido que descama a cada mês quando não há gravidez. A doença que se caracteriza pela presença de endométrio em outras partes do corpo, seja nos órgãos reprodutores ou não. O mais comum e prejudicial à fertilidade feminina é quando acomete as trompas, ou quando está associada a alterações hormonais que tornam a gestação mais difícil.

Fatores relacionados aos óvulos ou à ovulação

Para a fertilidade feminina, são necessárias a produção e a liberação de um óvulo, num processo conhecido por ovulação. Entre as desordens que podem ocorrer nessa etapa, estão a ausência ou a falta de periodicidade na produção de óvulos. Calcula-se que a anovulação responde por 25% a 50% das causas de infertilidade feminina. Conheça algumas:

Síndrome dos ovários policísticos: é um desequilíbrio hormonal que afeta a ovulação, uma das patologias mais comuns. Pode ter como sintomas a falta de menstruação por mais de três ciclos (amenorreia), o crescimento de pelos em partes do corpo mais comuns aos homens (hirsutismo), obesidade e a presença de múltiplos e pequenos cistos nos ovários.

O diagnóstico é feito por meio de exames, como a ultrassonografia – para checar os ovários – e a coleta de sangue – para avaliar o nível de diversos hormônios, como testosterona, androstenediona, prolactina, insulina, entre outros.

Disfunção no hipotálamo: dois hormônios produzidos pela glândula pituitária (ou hipófise) são responsáveis pela ovulação a cada mês: FSH e LH. O excesso de exercícios físicos, o estresse emocional, grande perda ou ganho de peso podem interferir na produção desses hormônios, o que prejudica a ovulação.

Insuficiência ovariana prematura: também conhecida como menopausa precoce, ocorre quando mulheres abaixo de 40 anos deixam de ovular. As causas podem ser doenças autoimunes, origem genética, tratamento por quimioterapia, infecções, entre outras.

Excesso de prolactina: a hiperprolactinemia reduz a produção do estrogênio, o que pode afetar a fertilidade feminina. Doenças que afetam a tireóide – como o hipotireoidismo – também têm consequências semelhantes.

Alterações tubárias

Danos nas trompas podem impedir que o esperma alcance o óvulo, ou então que o óvulo fecundado passe para o útero. As causas dos danos ou bloqueios podem ser:

Infecção pélvica: são doenças causadas por bactérias, como a clamídia, a gonorreia e outras doenças sexualmente transmissíveis. Podem ser tratadas com antibióticos.
Cirurgias anteriores: realizadas na região pélvica ou no abdome, incluindo as de gravidez ectópica, ou seja, geradas fora do útero.

Causas uterinas ou cervicais

Para se desenvolver, o embrião precisa penetrar no endométrio, que é a parte interna do útero. Falhas hormonais podem prejudicar essa implantação. São fatores mais raros, e podem causar abortos repetidos.

Miomas: pólipos benignos são comuns. Podem bloquear as trompas ou dificultar a implantação. Entretanto, muitas mulheres conseguem engravidar apesar dessa condição.
Malformações: são congênitas, e podem dificultar a implantação ou causar o abortamento.
Sinéquias uterinas: são cicatrizes que distorcem a cavidade uterina, geralmente causadas por curetagem ou infecções.

Como vimos, as causas que interferem na fertilidade feminina são diversas. Algumas apresentam sintomas bastante claros; outras, nem tanto. É por isso que vale ficar atenta aos sinais de seu corpo e investigar o que pode causar a demora na concepção de um bebê. Muitas vezes, há tratamentos que tornam possível a realização do sonho de gerar um filho. Busque informação e veja qual o seu caso.

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Laser intimo - clinifert

Como o laser íntimo pode melhorar a autoestima e os sintomas clínicos da mulher?

Os benefícios da aplicação do laser ginecológico são inúmeros. Geralmente, ele melhora os sintomas clínicos como excesso dos pequenos lábios, frouxidão, atrofia, falta de lubrificação e incontinência urinária.

O laser íntimo é um procedimento que permite que a paciente recupere a mucosa genital, melhorando o aspecto visual e funcional da região afetada. É um procedimento rápido, seguro e indolor.

Uma das indicações mais comuns é quando a mulher está com deficiência de estrogênio, quer seja em função da menopausa natural, no pós-parto ou durante o uso de medicamentos no tratamento contra o câncer de mama.
Alterações na vagina como flacidez ou escurecimento dos grandes lábios e região anal também são indicações para o tratamento.

Mais do que estética, o tratamento tem uma ação na funcionalidade do sistema genito-urinário das mulheres, melhorando consideravelmente a qualidade de vida.

A Clinifert conta com uma equipe de profissionais especializados na aplicação do laser íntimo. Agende uma consulta.

Endomarcha 2019 Florianópolis

EndoMarcha 2019 – Marcha Mundial pela Conscientização da Endometriose

Você já sabia que este evento acontece desde 2014?

Pois é, neste dia, mulheres do mundo todo saem às ruas simultaneamente para conscientizar a população sobre a doença e reivindicar os direitos das portadoras.

Esta caminhada mundial foi idealizada pelo médico americano Camran Nezhat e coordenada no Brasil pela jornalista Caroline Salazar com objetivo de chamar atenção de nossos governantes e conscientizar a população sobre esta enigmática doença que acomete mais de 200 milhões de meninas e mulheres no mundo todo. Uma em cada 10 mulheres tem endometriose!

A 6ª edição será realizada em 30 de março de 2019, às 9 horas. Em Florianópolis, a Clinifert e Fertcenter apoiarão a caminhada que irá ter sua concentração no Largo da Alfândega.

Junte-se a nós nesta luta e ajude-nos a salvar vidas femininas! Não precisa ter endometriose para ser voluntário, basta apenas ser generoso!

Para se inscrever gratuitamente clique aqui.