MUDANÇA EM ESTILO DE VIDA PODE PREVENIR ABORTO NATURAL

Os cientistas da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, constataram que mulheres a partir de 30 anos que consumiam álcool com frequência e trabalhavam à noite durante a gravidez tinham maiores chances de sofrer abortos espontâneos.

O estudo, que analisou 91.247 mulheres, disse ainda que levantar mais de 20 kg por dia durante a gestação e estar abaixo ou acima do peso ideal também aumenta o risco de aborto espontâneo.

O aborto espontâneo atinge milhares de mulheres ao redor do mundo. No Brasil, estima-se que uma a cada dez grávidas perca o bebê nos primeiros meses de gravidez.

Prevenção

Os pesquisadores concluíram que somente uma redução dos fatores de risco poderia prevenir os abortos espontâneos.

O estudo foi publicado na revista científica International Journal of Obstetrics and Gynaecology.

“A principal mensagem de nossa pesquisa é que os abortos naturais podem ser prevenidos”, diz Anne-Marie Nybo Andersen, pesquisadora-sênior da Universidade de Copenhague.

Segundo ela, a pesquisa mostra a relativa importância do estilo de vida na incidência de aborto natural, em detrimento de fatores específicos, como a ingestão de determinados medicamentos.

Andersen afirma que, como as descobertas vieram da análise de uma população, elas podem ser aproveitadas por grupos diversos – desde casais a pessoas responsáveis por políticas de maternidade, regulações trabalhistas e apoio a gravidez precoce.

“Todo mundo, jovens homens e mulheres, assim como aqueles que têm responsabilidades políticas, devem ter em mente que a gravidez acima dos 30 anos implica um risco elevado de aborto natural”, acrescenta.

Recomendação médica

O estudo analisou gravidezes ocorridas na Dinamarca entre 1996 e 2002. Os pesquisadores constataram que 3,5% das mulheres sofreram aborto espontâneo.

Os pesquisadores analisaram possíveis conexões entre os abortos naturais e o estilo de vida das grávidas ao coletar dados por meio de entrevistas telefônicas feitas pelo computador.

“Esse estudo é muito interessante em termos de abrangência da população”, afirmou Caroline Overton, porta-voz da Royal College of Obstetricians and Gynaecologists, associação britânica que reúne profissionais da ginecologia e obstetrícia.

Segundo ela, mulheres que queiram engravidar devem ter uma dieta balanceada, assegurar que não estão “muito magras” ou “com sobrepeso”, parar de fumar e pedirem a seus parceiros para fazerem o mesmo.

Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/02/140219_aborto_natural_estilo_de_vida_lgb.shtml

ESTRIAS NA GRAVIDEZ DERMATOLOGISTA DÁ DICAS PARA EVITÁ-LAS

A gravidez é um período que torna a mulher mais propensa a ter estrias. Isso acontece por conta das alterações hormonais e distensão do abdômen. No “Mãe & Cia”, a dermatologista Renata Domingues dá dicas valiosas para evitar essas marcas indesejáveis e também a lidar com elas quando aparecem. Assista:

Fonte: http://gnt.globo.com/maes-e-filhos/materias/estrias-na-gravidez-dermatologista-da-dicas-para-evita-las.htm

CONHEÇA 8 ERROS COMUNS SOBRE FERTILIDADE FEMININA

O site preparou então uma lista com oito erros comuns quando o assunto é fertilidade feminina. Confira:

1. 40 é o novo 30

É cada vez mais comum encontrarmos mães pela primeira vez acima dos 35 anos. As forças econômicas e sociais que contribuíram para essa realidade são as mesmas que levaram as mulheres a acreditar que a fertilidade pode durar até depois dos 40 anos. Infelizmente, isso não é verdade. Estudos indicam que a infertilidade pode acometer até 64% das mulheres entre 40 e 44 anos. Aos 20 anos, essa taxa é de apenas 6%.

2. Não há pressa

Um estudo com mais de 5 mil casais entre 1940 e 1950 mostrou que pelo menos 85% deles concebia um bebê em até um ano. Historicamente, essa ficou sendo o período médio para considerar procurar um médico ao tentar engravidar. No entanto, isso vale apenas para mulheres com até 35 anos e a saúde perfeita. Mais do que isso, a mulher deve procurar ajuda o quanto antes, pois esperar, nesse caso, faz toda a diferença.

3. Nós fazemos sexo em quantidade suficiente

A rotina cada vez mais atribulada do casal interfere diretamente na concepção simplesmente porque altera a rotina de relações sexuais do casal. Pense que um casal saudável e fértil, em seus 20 e poucos anos, terá apenas 25% de chance de conceber um bebê mesmo tendo relações no dia exato da ovulação. É uma janela que se abre apenas 4 dias ao mês e, sem planejamento, fica quase impossível engravidar.

4. O problema deve ser comigo

Muitas crenças históricas e culturais levam as mulheres – e muitos homens também – a acreditar que os problemas de fertilidade são sempre relacionados às mulheres. Não é uma conclusão ilógica, já que o sistema reprodutor feminino é de fato mais complexo. Mas homens também possuem problemas com o esperma: cerca de 35% dos casais com infertilidade são do lado masculino.

5. Eu só preciso relaxar

Não há dúvidas de que altos níveis de estresse estão associados com a infertilidade. O problema é que ainda não é claro como os hormônios envolvidos nessa reação do corpo afetam a fertilidade feminina. Por isso, a questão às vezes se torna polêmica. Alguns estudos com acupuntura, por exemplo, mostraram que a prática pode aumentar a fecundação; outros, no entanto, mostram que não alteram em nada a concepção. Baixar os níveis de estresse realmente pode ajudar o organismo no geral e, por isso, é a forma mais indicada de começar a se cuidar ao tentar engravidar.

6. Tratamentos para fertilidade vão me fazer ser mãe de múltiplos

Mães com mais de cinco irmãos gêmeos são o pesadelo da maior parte das mulheres que procuram tratamentos para engravidar. Mas esses casos não são regra. Por ser de alto risco, profissionais da saúde estão trabalhando para reduzir o número de bebês durante a fertilização.

7. Fertilização in vitro é muito cara

Esta é realmente uma opção cara para quem luta contra a infertilidade. Mas, com a alta demanda do mercado, muitos planos de saúde já cobrem esse tipo de tratamento. Além disso, muitas clínicas sabem das condições financeiras dos clientes e oferecem formas mais confortáveis de pagamento. Converse com seu médico e tente um acordo.

8. Celebridades têm bebês com fertilização in vitro aos 40 e 50 anos, então eu também posso fazer o mesmo

Enquanto o tratamento in vitro tem altas taxas de sucesso em mulheres jovens (cerca de 48% das inserções resultam em gravidez), em mulheres acima dos 43 anos, elas dão resultado apenas em 9% delas. Além disso, mais da metade dessas grávidas perderam o bebê logo depois. A maior parte das clínicas nem oferece o tratamento a mulheres com mais de 45 que queiram fertilizar os próprios óvulos. A maior parte das celebridades usa óvulos doados, o que é uma excelente opção, mas pede preparo emocional da família.

Fonte: http://saude.terra.com.br/conheca-8-erros-comuns-sobre-fertilidade-feminina,602a8c3d10f27310VgnCLD100000bbcceb0aRCRD.html

OS HOMENS ESTÃO MENOS FÉRTEIS, REVELA ESTUDO. A CULPA… É DO ESTILO DE VIDA

As mudanças no estilo de vida dos homens, que vêm ocorrendo nos últimos anos, reduziram a qualidade e a quantidade de espermatozoides produzidas. O resultado é uma queda na sua taxa de fertilidade. Foi isso que comprovou pesquisa feita pelo Fertility Medical Group em um trabalho publicado no International Brazilian Journal of Urology.

O resultado é uma queda na sua taxa de fertilidade. Foi isso que comprovou pesquisa feita pelo Fertility Medical Group em um trabalho publicado no International Brazilian Journal of Urology.

O estudo foi feito com 2.300 homens, em duas épocas: entre os anos 2000 e 2002 e entre 2010 e 2012. Separados por uma década, todos tinham problemas de fertilidade. Os resultados mostraram que, no primeiro período, o número total de espermatozoides no ejaculado caiu de 183 milhões para 82,8 milhões. Também, número de espermatozoides por mililitro de sêmen ejaculado era de 61 milhões caindo para apenas 27 milhões. Uma queda bastante expressiva.

O mesmo ocorreu em relação à sua forma. Do total de espermatozoides contidos em uma ejaculação, apenas uma porcentagem muito pequena é viável, cerca de 4%. Na amostra do primeiro período, a média era de 4,6%. Uma década depois, caiu para 2,7%.

Outro dado da pesquisa que chamou atenção no estudo foi que, há dez anos, o número de homens com oligozoospermia (diminuição do número de espermatozoides) correspondia a 16% dos participantes. Dez anos depois, aumentou para 30%. Já aqueles com azoospermia (sem espermatozoides) cresceu de 5% para 8,5%. Seguramente, os fatores responsáveis por esses números foram o atual estilo de vida e a exposição cada vez mais frequente a ambientes tóxicos.

Mas o que os homens podem fazer para mudar esse quadro? Melhorar a alimentação, fazer exercícios físicos, controlar o peso, evitar ou reduzir o stress, não usar drogas, como o cigarro e o álcool.

Outros fatores que infelizmente parecem não ter solução são: poluição ambiental, contaminação da água, irradiação etc.. Essas situações comprometem a função testicular na produção de espermatozoides.

Portanto, façam a sua parte, melhorando seus hábitos e tendo uma melhor qualidade de vida.

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/letra-de-medico/os-homens-estao-menos-ferteis-revela-estudo-a-culpa-e-do-estilo-de-vida/

CRESCE O NÚMERO DE MULHERES QUE PRECISAM DE “AJUDA” PARA ENGRAVIDAR

O Brasil vive situação semelhante: queda na quantidade de filhos por casal (1,8) e aumento da taxa de bebês que nascem por meio de fertilização in vitro. Na opinião de Assumpto Iaconelli Junior, especialista em Medicina Reprodutiva e diretor do Grupo Fertility, cada vez mais os casais priorizam carreira e estabilidade financeira, deixando para aumentar a família depois.

“Entre os anos 80 e 90, a maioria das mulheres engravidava com vinte e poucos anos e tinha pelo menos dois filhos até os 30 anos. Hoje, muitas estão deixando para ter o primeiro filho com 30 anos ou mais. Trata-se de uma tendência mundial. Embora elas tenham mais acesso a tratamentos de saúde, a fertilidade sofre relevante declínio com o tempo. Até mesmo as técnicas de fertilização assistida têm taxas de sucesso inferiores para pacientes com mais de 35 anos. Nessa faixa etária, por exemplo, um em cada três casais terá de recorrer a tratamento para ter um bebê. Daí a importância, também, do planejamento. Se o casal tem consciência de que vai adiar o máximo possível uma gravidez, é prudente buscar aconselhamento com profissionais especializados para minimizar os problemas”, diz Iaconelli.

Um dos entraves da maternidade tardia, segundo o médico, é a queda brusca na taxa de fecundidade feminina. Mesmo analisando somente os tratamentos de fertilização assistida, a queda é acentuada. De acordo com a entidade norte-americana, em 2012 as taxas de sucesso dos tratamentos de fertilização in vitro foram de 40% para pacientes com menos de 35 anos, 31% para quem tinha entre 35 e 37 anos, e de apenas 3,9% para mulheres com 42 anos ou mais. No ano passado, os resultados aqui no Brasil foram mais promissores. “Alcançamos uma taxa de gestação de quase 45% para mulheres entre 31 e 35 anos e de 40% para pacientes na faixa etária de 40 anos. São bastante expressivas e revelam o quanto temos avançado em termos de tecnologia e profissionais especializados”, revela o especialista.

De acordo com o 7º Relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões, da Anvisa, houve aumento médio de 5% no número de embriões produzidos e ciclos de fertilização in vitro realizados entre 2012 e 2013. Enquanto a quantidade de embriões produzidos saltou de 93 mil para mais de 98 mil, os ciclos realizados aumentaram de 21 mil para 24 mil – com taxa média nacional de fertilização em 74%. Desde 1978, quando nasceu o primeiro “bebê de proveta”, no mundo todo já nasceram mais de cinco milhões de bebês a partir de técnicas de reprodução assistida.

Fonte: http://www.bonde.com.br/mulher/familia/cresce-numero-de-mulheres-que-precisam-de-ajuda-para-engravidar-351939.html

AVANÇOS NAS TÉCNICAS DE FERTILIZAÇÃO IN VITRO DOBRAM CHANCES DE SUCESSO


Samuel com os pais Neyla e Luiz Fernando (ao fundo): dos sete embriões gerados no tratamento, análise genética mostrou que só um não tinha defeitos e foi implantado, resultando no bebê que completa um ano na terça-feira – Daniel Marenco

RIO — No fim de 2013, a advogada Neyla Fernandes estava quase perdendo as esperanças de ter um filho biológico. Diagnosticada pela primeira vez com problemas de saúde que dificultam a concepção natural em 1998, desde então ela já tinha recorrido seis vezes a tratamentos de reprodução assistida e se preparava para dar início ao que seria sua sétima e última tentativa numa nova clínica. Aos 43 anos, Neyla sabia que as chances de sucesso eram baixas. Mas, graças aos avanços nas práticas e técnicas de fertilização in vitro (FIV), em especial nos últimos anos, hoje ela e seu marido, o empresário Luiz Fernando da Costa Flores, se preparam para comemorar o primeiro aniversário de Samuel.

Desde o primeiro dos chamados bebês de proveta no Brasil — Anna Paula Caldeira, em 1984 — os métodos de reprodução assistida viram sua efetividade, isto é, gestações bem-sucedidas levadas a termo com o nascimento de crianças saudáveis, mais que dobrar, dependendo da idade da mulher, enquanto os custos dos procedimentos básicos caíram pela metade em dólares. Mas, para mães tardias como Neyla, os principais ganhos chegaram mais recentemente, como análises genéticas detalhadas dos embriões que asseguram uma maior viabilidade dos que são implantados. No caso da advogada, dos sete embriões gerados no último ciclo de tratamento, as análises mostraram que apenas um estava livre de defeitos, justamente o que resultou no Samuel./p>

— Desta vez, o grande diferencial foi mesmo o estudo detalhado dos embriões para escolher exatamente o melhor e mais saudável, já que alguns deles tinham algum tipo de síndrome. Nesses casos as gestações acabam em abortos espontâneos ou as crianças nascem com tantos problemas que logo morrem — conta Neyla. — Eu já estava perdendo as esperanças e não ia tentar mais, então resolvi fazer o estudo, pois com 43 anos não dá mais para contar só com a sorte.

Segundo a advogada, o gasto extra com a análise genética, cerca de R$ 4 mil, “valeu à pena”:

— Quando vi o coração dele batendo no ultrassom, já me senti mãe. Você esquece todo dinheiro gasto, cada tristeza dos tratamentos que não deram certo. Foi um milagre. É muita felicidade e um amor incondicional.

Segundo os especialistas, porém, Neyla ainda é um caso raro na área. Dados da Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida (Rede Lara), da Autoridade para Fertilização Humana e Embriologia do Reino Unido (HFEA, na sigla em inglês) e da Sociedade para Tecnologias de Reprodução Assistida dos EUA (Sart, também na sigla em inglês) mostram um grande e abrupto declínio nas chances de sucesso dos procedimentos a partir de aproximadamente os 38 anos de idade. Ainda assim, os avanços foram expressivos nas últimas décadas. Por volta do início dos anos 1990, mesmo em mulheres mais jovens, com menos de 35 anos, só cerca de 20% dos ciclos de tratamento resultavam no nascimento de uma criança. Hoje, esta taxa alcança 45% ou mais, dependendo da clínica. Já entre as mães tardias como Neyla, as chances de sucesso, que ficavam abaixo de 1%, hoje chegam perto de 5%.

— No caso da Anna Paula Caldeira, tivemos que realizar uns 50 a 60 ciclos até o tratamento ser bem-sucedido — lembra Isaac Yadid, que participou da equipe responsável pelo nascimento do primeiro bebê de proveta brasileiro, cuja mãe, Ilza Caldeira, na época tinha 36 anos, e atualmente é diretor médico da Primordia Medicina Reprodutiva. — Fazíamos coisas que hoje, quando paramos para pensar, achamos uma loucura.


Samuel fará seu primeiro aniversário em 26 de janeiro – Daniel Marenco / Agencia O Globo / Agência O Globo

Entre as “loucuras” apontadas por Yadid estava a transferência de muitos embriões para o útero das futuras mães. Sem conhecimento sobre a viabilidade de cada um deles, os médicos tentavam desta forma aumentar as chances de que pelo menos um “vingasse”. Disso, porém, resultavam vários casos de gestações múltiplas, isto é, de gêmeos, trigêmeos e até quadrigêmeos, o que, por sua vez, elevavam os riscos da gravidez para as mães e os bebês e a probabilidade de abortos espontâneos que levassem ao fracasso dos tratamentos. Hoje, a tendência é implantar o mínimo de embriões possível, o que novamente vai depender da idade da mulher. Para as mais novas, apenas um, enquanto para as mães mais tardias este número pode chegar a três.

— Todas evoluções que vimos nos últimos anos permitiram que tenhamos embriões de melhor qualidade para a implantação e saibamos quais são eles — conta Paulo Gallo, diretor médico da clínica Vida – Centro de Fertilidade e responsável pelo tratamento bem-sucedido de Neyla. — Com isso, aumentamos as taxas de gravidez com menos casos de gemelaridade ao mesmo tempo que melhoramos muito as chances das mulheres mais velhas que fazem o tratamento. Nelas, o diagnóstico genético pré-implantacional evita a transferência de embriões com problemas e, se o embrião se mostrar normal, a taxa de gravidez independe da idade dela e passa a ser igual à de mulheres mais jovens, por volta de 60%.

MÉDICOS ALERTAM SOBRE ADIAR A MATERNIDADE

Os especialistas, no entanto, temem que histórias de sucesso como as de Neyla reforcem a noção, errônea, de que se pode ficar adiando a maternidade na confiança de que os avanços nas técnicas de reprodução assistida garantirão uma gravidez bem-sucedida no futuro. Segundo eles, por mais que haja melhorias, não é possível “brigar com a natureza”, como definiu Marcio Coslovsky, também diretor médico da clínica Primordia. Ele explica que há uma queda vertiginosa na qualidade dos óvulos e, consequentemente, dos embriões deles gerados a partir dos 30 anos de vida da mulher.

— Sim, evoluímos muito nas últimas décadas, mas também vemos cada vez mais mulheres com 42, 44, 45 anos chegando à clínica em busca de ajuda para terem um filho — conta. — Elas têm tudo contra e querem que façamos algo, mas não dá para ficar brigando com a natureza.

Segundo Coslovsky, para evitar a frustração, e o prejuízo, de vários tratamentos sem resultado, a melhor saída é se planejar, congelando óvulos por volta dos 30 anos para uso posterior, já que, também graças aos avanços recentes, não há praticamente mais nenhuma diferença nas chances de sucesso das técnicas, quer se use um óvulo congelado ou um “fresco”. Opinião parecida tem Pedro Monteleone, coordenador-técnico do Centro de Reprodução Humana do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo e diretor da Clínica Monteleone de Reprodução Humana:

— Após os 35 anos, a situação fica mais difícil. Podemos ajudar mulheres mais velhas, mas adiar a maternidade tem que ser reavaliado.

PREÇO SÓ NÃO CAIU MAIS POR CAUSA DA ALTA DO DÓLAR

Os avanços na área de reprodução assistida não se limitam a avaliações genéticas dos embriões e novos exames para evitar doenças e aumentar as chances de sucesso dos tratamentos. Mudanças nos equipamentos, ambiente e práticas de laboratório também contribuem para aumentar a taxa de bebês nascidos, assim como para reduzir os custos. Apesar disso, eles não são nada baratos, ainda mais com a alta do dólar. Isto, bem como o medo de contrair zika e correr o risco de ter um bebê com microcefalia, têm feito algumas mulheres adiarem os planos de engravidar.

Devido ao dólar nas alturas, nas clínicas particulares, cada ciclo costuma sair por, em média, R$ 15 mil. E o preço não costuma incluir drogas para estimular a ovulação, e os exames genéticos são pagos à parte. Já em ambientes acadêmicos, como no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo, os tratamentos são subsidiados pelo Estado, mas a fila é longa e exclui mulheres que querem ser mães tardias.

— Quando comecei na área, há 20 anos, o custo de cada ciclo ficava entre US$ 5 mil e US$ 7 mil, mas hoje dá para fazer um tratamento por cerca de US$ 3 mil ou menos — diz Pedro Monteleone, coordenador-técnico do Centro de Reprodução Humana do HC-FMSP, que na sua clínica particular cobra R$ 20 mil por ciclo, incluindo a medicação, mais R$ 6 mil pelo diagnóstico genético, se indicado, dependendo do número de embriões avaliados. — Mas hoje podemos encontrar clínicas que oferecem tratamentos de reprodução assistida por R$ 10 mil. Ainda é caro, mas no passado não havia esta possibilidade de procurar preços mais baixos.

Outro especialistas, no entanto, destacam que muitos destes avanços demandam trocas de equipamentos nos laboratórios sujeitas a burocracia e altos impostos, e os medicamentos mais modernos e novos meios de cultura dos embriões também estão bem mais caros aqui devido à alta do dólar.

— No último ano, vimos uma alta de 25% de nossos custos, mas aumentamos os preços em apenas 10%. Estamos sacrificando nossa margem de lucro para não inviabilizar os tratamentos — diz Paulo Gallo, da clínica Vida – Centro de Fertilidade.

Fonte: http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/avancos-nas-tecnicas-de-fertilizacao-in-vitro-dobram-chances-de-sucesso-18532383

O QUE A GRAVIDEZ FAZ NA SUA PELE

Muitas mudanças ocorrem durante a gravidez. Alergias, irritação, ressecamento e manchas na pele são algumas das alterações. Para ajudar as futuras mães nesta fase a tirar suas dúvidas, a dermatologista Carolina Ferolla responde às perguntas mais frequentes sobre o assunto.

Que tipos de alergias as mulheres podem desenvolver durante a gravidez? Como tratar?

As alergias mais comuns se devem a alguns alimentos ou a bijuterias. Também pode ser causada por desodorantes, perfumes e cosméticos. É recomendável que a grávida use sabonetes neutros e hidratantes sem perfumes.

Por que em algumas mulheres grávidas a acne e erupções ficam mais evidentes?

Durante a gravidez, a pele pode ficar mais oleosa e propensa ao surgimento de acne. É importante lavar o rosto duas vezes ao dia, preferencialmente pela manhã e à noite, com sabonete de ph neutro. Os sabonetes comuns podem irritar a pele e devem ser evitados. Quando usados em pele oleosa tendem a estimular a glândula a produzir mais gordura. No caso de peles secas, eles aumentam de forma considerável o ressecamento. Falando em temperatura da água, ela deve ser de morna a fria para não retirar a oleosidade natural da pele.

As manchas (melasmas) que surgem durante a gravidez são permanentes? É possível evitá-las?

As manchas na pele podem ocorrer em 75% a 90% das grávidas. São provocadas pelo aumento dos hormônios femininos. De cor marrom escura, surgem no rosto, nas bochechas, no nariz e no bigode. Geralmente, aparecem nos três primeiros meses da gravidez e se acentuam no final. Não são permanentes, mas podem demorar até dois anos para sumir, dependendo da profundidade do melasma. Para prevenir, não se exponha diretamente ao sol, use óculos escuros, chapéu e aplique sempre o protetor, no mínimo fator 30. Passado o período de amamentação, o dermatologista pode indicar algum creme clareador.

As estrias aparecem em todas as grávidas? Que tipos de cremes ajudam a evitá-las?

As estrias aparecem no abdômen, coxas e mamas. Isso ocorre por conta do aumento da tensão nos tecidos da pele, que são estendidos muito rapidamente nos meses da gestação. As estrias não desaparecem depois do parto. Para evitá-las, a gestante deve manter o peso adequado durante a gravidez, sem engordar exageradamente, e usar cremes hidratantes com vitaminas A e D. Os óleos de rosa mosqueta, silicone e de amêndoas precisam ser usados em alta concentração.

Mulher grávida pode fazer limpeza de pele?

Antes de tudo, a gestante deve estar tendo uma gravidez normal, sem riscos. Se estiver tudo bem, ela poderá fazer limpeza de pele até microdermo, uma vez que é um processo mecânico e não químico. As grávidas devem optar por tratamentos que não utilizem ácidos, mas que mesmo assim sejam capazes de amenizar o problema da acne, desobstruir os poros e diminuir a produção de óleo e de sebo. Para não afetar a saúde do bebê, deve-se evitar o uso de aparelhos estéticos de alta frequência, produtos esfoliantes, peelings com ácidos e aplicação de toxina botulínica.

Fonte: http://www.paisefilhos.com.br/gravidez/o-que-a-gravidez-faz-na-sua-pele/?offset=1842

MUDANÇA EM ESTILO DE VIDA PODE PREVINIR ABORTO NATURAL

Os cientistas da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, constataram que mulheres a partir de 30 anos que consumiam álcool com frequência e trabalhavam à noite durante a gravidez tinham maiores chances de sofrer abortos espontâneos

O estudo, que analisou 91.247 mulheres, disse ainda que levantar mais de 20 kg por dia durante a gestação e estar abaixo ou acima do peso ideal também aumenta o risco de aborto espontâneo.

O aborto espontâneo atinge milhares de mulheres ao redor do mundo. No Brasil, estima-se que uma a cada dez grávidas perca o bebê nos primeiros meses de gravidez.

Prevenção

Os pesquisadores concluíram que somente uma redução dos fatores de risco poderia prevenir os abortos espontâneos. O estudo foi publicado na revista científica International Journal of Obstetrics and Gynaecology.

“A principal mensagem de nossa pesquisa é que os abortos naturais podem ser prevenidos”, diz Anne-Marie Nybo Andersen, pesquisadora-sênior da Universidade de Copenhague.

Segundo ela, a pesquisa mostra a relativa importância do estilo de vida na incidência de aborto natural, em detrimento de fatores específicos, como a ingestão de determinados medicamentos.

Andersen afirma que, como as descobertas vieram da análise de uma população, elas podem ser aproveitadas por grupos diversos – desde casais a pessoas responsáveis por políticas de maternidade, regulações trabalhistas e apoio a gravidez precoce.

“Todo mundo, jovens homens e mulheres, assim como aqueles que têm responsabilidades políticas, devem ter em mente que a gravidez acima dos 30 anos implica um risco elevado de aborto natural”, acrescenta.

Recomendação médica

O estudo analisou gravidezes ocorridas na Dinamarca entre 1996 e 2002. Os pesquisadores constataram que 3,5% das mulheres sofreram aborto espontâneo.

Os pesquisadores analisaram possíveis conexões entre os abortos naturais e o estilo de vida das grávidas ao coletar dados por meio de entrevistas telefônicas feitas pelo computador.

“Esse estudo é muito interessante em termos de abrangência da população”, afirmou Caroline Overton, porta-voz da Royal College of Obstetricians and Gynaecologists, associação britânica que reúne profissionais da ginecologia e obstetrícia.

Segundo ela, mulheres que queiram engravidar devem ter uma dieta balanceada, assegurar que não estão “muito magras” ou “com sobrepeso”, parar de fumar e pedirem a seus parceiros para fazerem o mesmo.

Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/02/140219_aborto_natural_estilo_de_vida_lgb.shtml

PLANOS DE VIDA CONGELADOS


Jessica Tejera se submeteu a um tratamento de congelamento de óvulos. Q. C. ELPAÍS

Jessica Tejera, de 32 anos, nascida nas Ilhas Canárias, não foi pressionada por ninguém em seu trabalho para postergar a maternidade e se dedicar apenas a sua carreira. Nenhum chefe lhe disse que se ela for mãe perderá oportunidades de trabalho, ninguém ameaçou demiti-la. Mas a pressão ambiental está aí. Não em sua empresa, mas na sociedade. Assim como a convicção de que os horários de trabalho espanhóis, que em muitos casos excedem em várias horas os escolares, são pouco compatíveis com a maternidade. “Um filho é uma responsabilidade e exige um tempo que quis dedicar a conquistar meu cargo e demonstrar meu valor”, diz essa funcionária da clínica IVI Las Palmas, que congelou seus óvulos nesse mesmo centro em 2010.

Como Jessica, muitas mulheres sentem que aos trinta anos é hora de conseguir estabilidade no trabalho e deixar a maternidade para depois. Por isso, recorrem ao congelamento de óvulos. O número de mulheres que preservou sua fertilidade dessa forma quase duplicou nos últimos três anos, segundo as estatísticas das clínicas de reprodução assistida que forneceram os dados para este jornal. O centro IVI (Instituto Valenciano de Infertilidade) atendeu, em 2013, 700 mulheres em suas clínicas em toda Espanha, 300 a mais do que em 2012, e preveem que essa cifra continue aumentando em 2014. E cerca de 60 mulheres foram recebidas pelo Instituto Dexeus de Barcelona em 2013, o dobro do ano anterior.

O congelamento de óvulos começou a ser utilizado para dar uma alternativa às mulheres que tinham algum tipo de problema médico, a maioria delas doentes de câncer que se submetiam a tratamentos de quimioterapia. Mas agora o perfil costuma ser o de uma mulher entre 35 e 38 anos, sem parceiro estável, com trabalho e independência econômica, que prefere postergar a maternidade por questões sociais, não médicas. Esse perfil representa 65% do total. Apenas 30% faz isso por motivos oncológicos. E, dentro dos chamados motivos sociais, os mais importantes são a pressão profissional (25%) e a falta de parceiro (75%), segundo as clínicas.

Outro desses casos é o de Lucía, que não dá seu nome real para que não seja reconhecida no banco em que trabalha. O futuro ideal dessa mulher inclui um companheiro e dois ou três filhos: “uma família tradicional”, explica. Mas a ausência de parceiro estável e a vontade de progredir no trabalho esfriam seus planos. Para não deparar com um quero e não posso quando decidir ser mãe, essa madrilenha de 34 anos congelou seus óvulos em julho. “Estou há cinco anos nessa empresa e tenho possibilidades de promoção”, explica. “Se pudesse trabalhar no exterior, o faria. E tudo isso é incompatível com um filho”.

Lucía recorreu então à vitrificação, uma técnica que se disseminou há apenas quatro anos e que aumentou até 90% a sobrevivência dos ovócitos ao serem congelados e descongelados. “Dessa forma, garantimos seu bom estado para quando a mulher desejar usá-los em uma fecundação in vitro”, explica Javier Domingo, médico da clínica IVI Las Palmas.

Diante do progressivo adiamento da maternidade —em 2013 a idade média das espanholas em sua primeira gravidez foi de 30,9 anos, 18 meses a mais do que em 2002—, a fertilidade das mulheres não espera. A partir dos 35 anos, a quantidade e a qualidade dos óvulos diminui. “Aos 37, o semáforo fica amarelo”, explica o doutor Pere Barri, com mais de três décadas de experiência em reprodução assistida e pai da primeira menina de proveta espanhola. “Aos 40, já está vermelho. A possibilidade de um aborto ou de más-formações dispara. Se se quer preservar os óvulos, o ideal é fazê-lo antes”.

Facebook e Apple provocaram uma grande polêmica esta semana ao anunciar que pagarão para suas funcionárias os mais de 30.000 reais que custa o congelamento de óvulos no Silicon Valley. A medida, qualificada de “incentivo profissional”, pretende facilitar a dedicação plena ao trabalho mediante o adiamento da maternidade.

“As funcionárias foram as que se saíram pior da crise”, opina o advogado trabalhista Carlos Javier Galán. Segundo ele, as empresas preferem não contratar mulheres porque são as principais beneficiárias das licenças maternidade (apenas 1,25% dos casais compartilharam a licença em 2014). A própria Mónica de Oriol, presidenta do Círculo de Empresários, garantia há três semanas preferir contratar menores de 25 ou maiores de 45 para evitar “o problema” de uma gravidez em sua empresa. Marisa Soleto, diretora da Fundação Mulheres, constata o problema e acrescenta que se denuncia pouco, ou não se denuncia a “dupla discriminação”. “Se você denuncia e ganha, tem de se reincorporar ao lugar onde foi discriminada, e isso desanima”, ilustra.

A Sociedade Espanhola de Fertilidade desaconselha a fecundação a partir dos 50 anos. “Uma mulher na menopausa poderia gestar com um tratamento hormonal e um embrião implantado”, afirma Eleuterio Hernández, médico da clínica FivMadrid, “mas desde os 45, os riscos aumentam exponencialmente”. Rafael Bernabéu, diretor de três clínicas em Alicante, é taxativo: “O ideal é gestar aos 25 com seu parceiro em sua casa. Mas este não é um mundo ideal. Há uma hostilidade profissional destruidora em relação à maternidade. Oferecemos ampliar o relógio biológico em cinco, dez anos. E isso, no fim, dá mais liberdade à mulher”.

Jessica Tejera espera não ter de tirar seus óvulos do freezer. Quer ficar grávida em 2015, mas pretende fazê-lo de forma natural. Agora tem parceiro estável, casa e estabilidade econômica e profissional. Lucía, no entanto, prefere não estabelecer prazos. “Me esforcei muito em meus primeiros anos de trabalho. Agora quero desfrutar do que tenho e do que me falta conseguir.”

Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2014/11/01/internacional/1414844557_321633.html

NASCE BEBÊ CONCEBIDO A PARTIR DE ESPERMATOZÓIDE CONGELADO DURANTE 23 ANOS


Xavier Powell, concebido a partir da fertilização in vitro de um esperma de mais de vinte anos de idade (Foto: Reprodução / Channel Nine’s 60 Minutes)

Aos 15 anos de idade, o australiano Alex Powell não pensava na paternidade. Tampouco tinha as preocupações comuns da juventude, já que nesta mesma idade ele recebeu o diagnóstico do Linfoma de Hodgkin (câncer que se origina nos gânglios do sistema linfático).

Segundo os médicos, Alex deveria começar a quimioterapia imediatamente. No entanto, sua madrasta, Patrícia, temia que o tratamento pudesse deixá-lo infértil para o resto de sua vida. Ela então propôs que Alex congelasse seus espermatozoides. Assim, no futuro, ele poderia ter um filho.


Alex e sua madrasta Patrícia, responsável por aconselhá-lo a congelar seus espermatozoides (Foto: Reprodução / Channel Nine’s 60 Minutes)

Com o tempo, Alex se curou do câncer. Duas décadas após a decisão de congelar os espermatozoides, ele conheceu Vi Nguyen, sua atual esposa. A dupla se casou em 2013 e decidiu começar uma família, o que os levou a visitar o banco de espermas.


Casamento de Alex e Vi (Foto: Reprodução / Channel Nine’s 60 Minutes)

Alex e Vi tentaram conceber um bebê a partir da fertilização in vitro durante um ano. Em 2014, um dos espermatozoides de 23 anos de idade funcionou perfeitamente e fecundou o óvulo de Vi. Esse foi o esperma mais antigo da história a ser utilizado para gerar uma criança através do método de fertilização in vitro.


O casal ganhou um certificado do Guinness pelo espermatozoide de Alex ser o mais antigo durante uma bem-sucedida fertilização in vitro (Foto: Reprodução / Channel Nine’s 60 Minutes)

Em junho de 2015, Xavier Powell nasceu. “Quando o meu pai entrou no quarto [do hospital], eu olhei para ele e olhei para meu filho e eu disse ‘pai, quero te apresentar ao meu filho’. Esse foi um dos momentos mais especiais pra mim”, contou Alex ao programa 60 minutes, do Channel Nine.


A família Powell (Foto: Reprodução / Channel Nine’s 60 Minutes)

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Curiosidades/noticia/2017/01/nasce-bebe-concebido-partir-de-espermatozoide-congelado-durante-23-anos.html