ENDOMETRIOSE: A PRINCIPAL CAUSA DE INFERTILIDADE FEMININA


LarsZahner Photography/Thinkstock/Getty Images

1. O que é endometriose?

O útero das mulheres é revestido de um tecido chamado endométrio. Todos os meses, quando não há gestação, esse tecido descama e é eliminado com o sangue da menstruação. Quando há endométrio em outros órgãos, fora do útero, é diagnosticado endometriose. Esse tecido migra por meio da corrente sanguínea para órgãos como ovários, ligamentos pélvicos, intestinos, bexiga, apêndice e vagina. Em casos mais raros, pode ser encontrado em órgãos distantes, como pulmão, pleura e sistema nervoso central.

2. Por que as mulheres com endometriose sentem dor?

Esse tecido do endométrio, mesmo fora útero, continua sendo estimulado mensalmente pela ação dos hormônios do ciclo menstrual. E isso provoca uma reação inflamatória, o que causa dor quando a mulher menstrua. “A endometriose é a principal culpada pela dor pélvica feminina”, explica Maurício Simões Abrão, presidente da Associação Brasileira de Endometriose (SBE). “E os seis principais sintomas são: cólica menstrual severa ou que não melhora com remédios, dor durante a relação sexual, dor ao evacuar ou diarreia durante a menstruação, dor para urinar no período menstrual, dores entre as menstruações e, finalmente, infertilidade”, completa Abrão.

3. A endometriose é uma doença comum?

Sim. De acordo com a SBE, de 10 a 15% das mulheres em idade fértil apresentam a doença, ou seja, cerca de 6 milhões de brasileiras. Dessas, cerca de 10% não têm os sintomas do problema, por isso muitas só descobrem quando encontram dificuldade para engravidar. Esse motivo, aliado a diagnósticos tardios, faz com que o tempo médio desde o aparecimento dos sintomas até o diagnóstico seja de, em média, sete anos. Em pacientes com menos de 20 anos de idade, esse tempo aumenta para 12 anos.

4. O que causa a endometriose?

A endometriose foi a doença mais estudada em ginecologia nos últimos 15 anos, mesmo assim, todas as causas ainda não são conhecidas. Existem alguns motivos prováveis, de acordo com a Associação Brasileira de Endometriose (SBE), “como a menstruação retrógrada, que ocorre quando o fluxo sanguíneo volta pelas tubas uterinas, sendo derramado nos órgãos próximos, como ovários, peritônio e intestino. Outra teoria muito considerada para o desenvolvimento da doença são falhas no sistema imunológico. Outra hipótese estuda a transformação de células, que assumem as características do endométrio, fora do útero”.

5. Endometriose causa infertilidade?

Sim, em muitos casos o diagnóstico tardio causa infertilidade. “Isso acontece quando há acometimento das trompas, órgão que conduz o óvulo ao útero, além de poder se associar a alterações hormonais e imunológicas que dificultariam a gestação”, explica Abrão.

6. Todas as mulheres que têm endometriose são inférteis?

Não. João Dias, ginecologista do Hospital Sírio Libanês, de São Paulo, explica que “a endometriose faz com que o número de óvulos seja menor e menos eficiente. A doença não inviabiliza, mas diminui a chance de gestação”.

7. Por que dizem que a endometriose é a doença da mulher moderna?

Hoje, entende-se que existem mais casos de endometriose porque a mulher menstrua mais, já que retarda a maternidade e tem menos filhos. No início do século 20, a mulher menstruava cerca de 40 vezes e hoje tem, em média, 400 menstruações. Estresse, ansiedade e fatores genéticos também podem estar relacionados à incidência da doença.

8. Endometriose é uma doença nova?

Não. Os primeiros estudos sobre a endometriose datam de 1860, embora com outro nome. No ano de 1927, o médico J. A. Sampson começou a falar que a menstruação retrógrada seria uma das causas da doença.

9. Como é feito o tratamento da endometriose?

A doença pode ser tratada com uma cirurgia denominada laparoscopia ou por meio de medicações. Além disso, ações que melhorem a qualidade de vida, como exercícios, alimentação saudável e psicoterapia, são favoráveis ao tratamento.

10. Por que é tão longo o tempo entre o aparecimento dos sintomas até o diagnóstico da doença?

Porque a mulher demora a procurar o médico e o diagnóstico demora a ser feito. Abrão ressalta que, para obter diagnósticos precisos, “é importante olhar para a paciente e enxergar a mulher como um todo, não como um órgão”.

11. A endometriose causa câncer?

Não é possível garantir, mas os médicos estudam a associação da endometriose com outras doenças, como cistite e câncer.

12. Quem toma pílula anticoncepcional por muito tempo tem menos chance de desenvolver endometriose?

Não existe a comprovação da ligação da pílula anticoncepcional com a endometriose. “Sabemos que a mulher que toma pílula por muito tempo tem menos câncer de ovário e menos câncer de endométrio. Ela pode mascarar os sintomas, mas não existem estudos que comprovem que pílula evite a endometriose”, afirma Abrão.

13. Gravidez cura endometriose?

Abrão explica que essa é uma verdade relativa: “A endometriose é tratada durante a gravidez, mas não quer dizer que a mulher não vai ter a doença depois”.

14. Como sei se tenho endometriose?

O melhor a fazer é procurar o seu médico. Converse, tire todas as suas dúvidas e nunca tome remédios sem consultá-lo. “Cada mulher é uma história”, avisa Abrão.

15. A endometriose tem cura?

“Não podemos dizer que a doença vai ser curada, mas atualmente ela pode ser muito bem administrada”, garante Abrão.

Fonte: http://bebe.abril.com.br/parto-e-pos-parto/endometriose-a-principal-causa-de-infertilidade-feminina/

MITOS E VERDADES SOBRE ENDOMETRIOSE


Foto: Getty Images

 


1 Mulher com cólica

Mito. Sabe-se que a endometriose é uma doença que depende do hormônio estrógeno para seu desenvolvimento. Este é o hormônio feminino mais importante produzido pelo ovário durante a vida reprodutiva da mulher. Além disso, ele também é produzido pelo tecido gorduroso (apesar de ser em sua forma menos ativa), o que favorece uma piora da doença. Predisposição genética, estilo de vida, queda do sistema imunológico e alterações no fluxo menstrual são fatores que predispõem ao aparecimento da doença

 


2 Mulher preocupada

Verdade. Apesar de não ter cura definitiva, a endometriose possui opções de tratamento. A escolha da terapêutica mais adequada dependerá da severidade dos sintomas e do grau da doença instalada

 


3 Tratamento da mulher

Verdade. A endometriose é uma doença progressiva. A falta de tratamento vai causando processos de aderências e infiltração dos focos da doença em órgãos vizinhos, podendo atingir o intestino, os ovários e a bexiga. Além disso, pode causar infertilidade em casos avançados e quadros de dores crônicas, mesmo fora do período menstrual, que não melhoram com medicações analgésicas

 


4 Mulher infértil

Mito. Na maioria das vezes, a infertilidade pode ser revertida com tratamentos específicos. Na pior hipótese, a mulher é submetida a um tratamento de fertilização in vitro, que tem apresentado altas taxas de sucesso, mesmo em mulheres com antecedentes de endometriose.

 


5 Endometriose

Cólicas fortes que pioram a cada mês, aumento do fluxo menstrual, dores abdominais e dor durante a relação sexual são alguns dos sintomas associados à endometriose, uma doença caracterizada pela presença de tecido endometrial, que reveste o útero internamente. Cerca de 15% da população feminina, com idade entre 15 e 45 anos, sofre com a doença.

Rosa Maria Neme, ginecologista graduada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e diretora do Centro de Endometriose São Paulo, vai esclarecer suas dúvidas nos slides a seguir.

6 Por que dizem que a endometriose é a doença da mulher moderna?

Hoje, entende-se que existem mais casos de endometriose porque a mulher menstrua mais, já que retarda a maternidade e tem menos filhos. No início do século 20, a mulher menstruava cerca de 40 vezes e hoje tem, em média, 400 menstruações. Estresse, ansiedade e fatores genéticos também podem estar relacionados à incidência da doença.

7 Endometriose é uma doença nova?

Não. Os primeiros estudos sobre a endometriose datam de 1860, embora com outro nome. No ano de 1927, o médico J. A. Sampson começou a falar que a menstruação retrógrada seria uma das causas da doença.

8 Como é feito o tratamento da endometriose?

A doença pode ser tratada com uma cirurgia denominada laparoscopia ou por meio de medicações. Além disso, ações que melhorem a qualidade de vida, como exercícios, alimentação saudável e psicoterapia, são favoráveis ao tratamento.

9 Por que é tão longo o tempo entre o aparecimento dos sintomas até o diagnóstico da doença?

Porque a mulher demora a procurar o médico e o diagnóstico demora a ser feito. Abrão ressalta que, para obter diagnósticos precisos, “é importante olhar para a paciente e enxergar a mulher como um todo, não como um órgão”.

10 A endometriose causa câncer?

Não é possível garantir, mas os médicos estudam a associação da endometriose com outras doenças, como cistite e câncer.

11 Quem toma pílula anticoncepcional por muito tempo tem menos chance de desenvolver endometriose?

Não existe a comprovação da ligação da pílula anticoncepcional com a endometriose. “Sabemos que a mulher que toma pílula por muito tempo tem menos câncer de ovário e menos câncer de endométrio. Ela pode mascarar os sintomas, mas não existem estudos que comprovem que pílula evite a endometriose”, afirma Abrão.

12 Gravidez cura endometriose?

Abrão explica que essa é uma verdade relativa: “A endometriose é tratada durante a gravidez, mas não quer dizer que a mulher não vai ter a doença depois”.

13 Como sei se tenho endometriose?

O melhor a fazer é procurar o seu médico. Converse, tire todas as suas dúvidas e nunca tome remédios sem consultá-lo. “Cada mulher é uma história”, avisa Abrão.

14 A endometriose tem cura?

“Não podemos dizer que a doença vai ser curada, mas atualmente ela pode ser muito bem administrada”, garante Abrão.

Fonte: http://bebe.abril.com.br/parto-e-pos-parto/endometriose-a-principal-causa-de-infertilidade-feminina/

10 COISAS A NÃO FAZER SE TEM PROBLEMAS DE FERTILIDADE

Rachel Gurevich, especialista em fertilidade do site About.com, fez uma lista de 10 coisas que pode estar a prejudicar a sua vida numa altura tão complicada.

1. Pare de se culpabilizar

Não estar a conseguir engravidar pode ter a ver com uma série de factores. Seja porque demorou muito a decidir ter uma família, seja tem um problema genético, tem de parar de se culpabilizar. Não ajuda nada e só a deprime ainda mais. A maioria dos casos de fertilidade não são previsíveis nem evitáveis, ou seja, não há maneira de saber se podia ter feito algo de diferente para evitar os problemas que está a ter em engravidar.

Concentre-se no que é importante: o que pode efectivamente fazer para ‘combater’ este problema?

2. Não fique à espera de um milagre

Se está há mais de um ano a tentar engravidar (ou há mais de seis meses, se tiver mais de 35 anos), não fique à espera de um milagre e consulte um especialista em fertilidade.

Há muitos problemas de fertilidade que se agravam com o passar do tempo, ou seja, se esperar demasiado, pode ser tarde demais.

Não adie os exames e verifique se tem algum problema de saúde – isto aplica-se a si e ao seu companheiro.

3. Não perca a esperança

O diagnóstico de infertilidade é sempre um choque mas não se deixe abalar. Não se deixe levar por pensamentos como “nunca vou poder ter filhos” ou “vou ser infeliz o resto da vida”.

Claro que é possível que não consiga engravidar mas foque-se no lado positivo da questão. Hoje em dia, a medicina está mais avançada do que nunca e há cada vez mais tratamentos. Consulte o seu médico sobre os procedimentos mais adequados para o seu problema.

Caso se confirme o pior cenário, há outras maneiras de ter um filho. Há centenas de crianças à espera de uma família.

4. Não desista à primeira

Vários casais têm problemas com os seus médicos: ou não querem fazer os testes de fertilidade porque os consideram demasiado novos, ou não querem fazer determinado tratamento porque acreditam que não vai servir de nada.

Se não concorda com o seu especialista, pode sempre recorrer a uma segunda opinião. Consulte outro médico e vejo o que tem para lhe dizer.

5. Não viva a vida de duas em duas semanas

Quando se está a tentar engravidar, as mulheres (e até o casal) vive “duas semanas”: as duas semanas de espera pela ovulação e as duas semanas que tem de esperar até poder fazer o teste de gravidez

Não pode viver em constante ansiedade. Tente abstrair-se (ainda que seja difícil) e tente concentrar-se noutros objectivos.

6. Não baseie o seu amor-próprio na fertilidade

Muitas mulheres que não conseguem engravidar começam a sentir-se deprimidas, envergonhadas e sem auto-estima.

Lembre-se de como era antes de iniciar todo este processo e não deixe que os tratamentos de fertilidade ‘tomem contem’ da sua vida. Não se torna numa pessoa diferente só porque não consegue engravidar.

7. Não olhe para a sua vida sexual como uma máquina de fertilidade defeituosa

As relações sexuais não têm de ser diferentes porque está a tentar engravidar. Antes de começar este processo, olhava para o acto sexual como algo mais profundo do que apenas uma maneira de ficar grávida. Não se esqueça disso e não deixe que aquilo que sentia durante a relação sexual desapareça.

8. Não espere pela família ideal para começar a viver

A sociedade tem uma visão muito limitada no que toca ao conceito de família. Não se limite ao clássico “pai + mãe + filho + filha” e comece a viver a sua vida com o seu companheiro em família, celebrando todas as tradições como se tivesse vários filhos.

9. Não sofra em silêncio

Muitos casais que olham para o problema de fertilidade como algo vergonhoso, acabam por não partilhar as suas inseguranças com ninguém e isso é extremamente negativo para o indivíduo e para o casal. Nessa altura, uma pequeno problema torna-se um monstro desnecessariamente.

Ninguém está a dizer para gritar aos sete ventos mas confidencie os seus receios às pessoas em quem confia e que sabe que vão apoiá-lo. Vai ver que se vai sentir melhor.

10. Não tente enfrentar esta ‘aventura’ sozinho

Acredite numa coisa: não é a primeira pessoa ou casal que não consegue engravidar e há sistemas de ajuda que o pode apoiar nestas alturas. Ainda que a família e os amigos sejam essenciais, porque não experimenta recorrer a um psicólogo ou a blogs de pessoas que já passaram pelo mesmo?

E lembre-se, o casal tem de se manter unido. Falem um com o outro e partilhem os seus receios.

Fonte: https://sol.sapo.pt/noticia/122977

ASPECTOS EMAOCIONAIS DA INFERTILIDADE FEMININA

A motivação para a criação deste texto partiu da percepção que temos, por meio da prática clínica, da repetição de histórias muito parecidas vivenciadas por mulheres que se deparam com o diagnóstico de infertilidade.

A infertilidade, para a Medicina, é a dificuldade de engravidar após 12 meses de tentativas, sem uso de nenhum método contraceptivo. No entanto, para as pacientes que vivenciam esse problema, a infertilidade está além desta definição, é mais do que isso. Não conseguir gerar um filho com a pessoa amada e não conseguir dar continuidade à família é por demais frustrante e desmotivante. Além disso, a sociedade estipula uma série de etapas a serem cumpridas pelas pessoas. Quando uma delas não é cumprida, aparecem as cobranças e imposições. Assim é se você não namora, precisa “arranjar” alguém; se já namora, precisa casar; e, se já casou, precisa ter filhos…

A imposição dessa ordem linear de acontecimentos colabora para pressionar ainda mais os casais que tentam engravidar. E, se estes não marcarem o seu espaço frente à demanda do outro, pontuando o que os incomoda, para se protegerem, as angústias podem tornar-se insuportáveis.

Misto de sentimentos

É comum perceber, com toda essa problemática, que as mulheres com dificuldade de gravidez começam a se fechar num mundo muito solitário e frio. Deixam de sair com receio dos comentários alheios, sentem-se inferiorizadas frente às demais mulheres, pouco dividem com seus companheiros sentimentos e pensamentos com medo da rejeição do parceiro e, em alguns casos, abandonam seus empregos para dedicarem-se exclusivamente ao tratamento para engravidar.

Com tantas limitações, a infertilidade acaba estando presente em tudo, uma vez que se configura como “não produzir, não criar”. Se imaginarmos um terreno a ser germinado e colocarmos a infertilidade em apenas uma porção, com o passar do tempo, olhamos novamente este mesmo terreno e percebemos que a porção infértil ocupou uma área maior. Isso não precisa necessariamente ser assim.

Percebemos haver uma tendência das mulheres a levarem a infertilidade para outros espaços de sua vida, uma vez que a situação e os fatores a ela relacionados são frustrantes e angustiantes, gerando, principalmente, sentimentos de impotência.

Para contornar este período difícil da vida é necessário que essas mulheres consigam “adubar” e “preparar a terra” a fim de que outras produções sejam possíveis, expandindo seus horizontes para além da gravidez. O processo psicoterapêutico em muito auxilia essa questão. Algumas pacientes engravidaram justamente no momento em que se viam produtivas no trabalho e maduras em sua vida pessoal.

Para situações delicadas e singulares como o enfrentamento da infertilidade conjugal não existem receitas prontas (para alguma dificuldade na vida existe?); mas, certamente, a busca por essa expansão de interesses trará um sentimento de eficiência e de auto-valorização para essas mulheres, enquanto a gravidez não vem.

Fonte: http://guiadobebe.uol.com.br/aspectos-emocionais-da-infertilidade-feminina/

CONHEÇA OS MOTIVOS POR TRÁS DO SOBE E DESCE DOS HORMÔNIOS


Hormônios são substâncias produzidas por glândulas endócrinas que têm funções específicas, como ajustar o metabolismo. (Foto: Reprodução / iStock/Thinkstock/Getty Images)

Você está uma pilha, inchada, implorando por chocolate, e aí se lembra: “Ah, são meus hormônios, estou na TPM“. A variação hormonal nessa fase afeta mesmo nosso bem-estar, mas é natural. No entanto, existem distúrbios hormonais que podem prejudicar seriamente a saúde. “Queda de cabelo, sonolência ou ganho de peso repentino podem sinalizar desajustes”, alerta o endocrinologista Pedro Assed.

Busque ajuda

Para saber se os sintomas correspondem a um desequilíbrio hormonal, procure um endocrinologista e faça os exames pedidos por ele. “Alguns grupos específicos, como as mulheres entre 30 e 60 anos, estão mais sujeitos a essas alterações: doenças como o hipotireoidismo e a síndrome de ovários policísticos são mais comuns nessa fase da vida”, avisa Assed.

As razões da oscilação hormonal

A adolescência, a gravidez e a menopausa são fases da vida da mulher em que, naturalmente, os hormônios oscilam bastante. Há também doenças, quase sempre genéticas, como o diabetes tipo 1, que afetam o funcionamento das glândulas produtoras de hormônios, provocando o desequilíbrio. Mas certos hábitos, como uma rotina estressante, também podem interferir nessa estabilidade e prejudicar a saúde.

Eles oscilam dependendo da fase da vida

Estrogênio

Há vários tipos desse hormônio circulando no corpo. Produzido pelos ovários, comanda o desenvolvimento das características sexuais femininas, como o crescimento das mamas. Sua queda pode reduzir o desejo e diminuir os níveis de serotonina, provocando depressão. A reposição alivia os sintomas, mas deve ser indicada por um médico.

Estradiol

Trata-se do hormônio da família dos estrogênios que, entre outras funções, estimula a ovulação. Sua queda sinaliza o início do climatério, fase que atravessamos antes da menopausa. Os sinais são ganho de peso, dores de cabeça e ciclos mais curtos (há quem fique menstruada duas vezes no mês). O médico deve avaliar se a reposição é necessária ou não.

Progesterona

Prepara o corpo para uma possível gravidez. Alguns dias antes de a menstruação descer, os níveis de progesterona e estrogênio diminuem e a TPM dá as caras: alterações de humor e inchaço chegam com tudo. Vale reduzir o consumo de sal e praticar atividade física para descarregar a tensão.

Hormônios que sofrem alterações quando há um problema de saúde

Insulina

O pâncreas é o órgão responsável pela produção desse hormônio, que ajuda a levar o açúcar que ingerimos para as células. A falta de insulina, doença conhecida como diabetes, eleva as taxas de glicose do sangue e causa fraqueza, sede, infecções de pele e pode levar a consequências graves, como cegueira e coma. Em muitos casos, o diabético precisa tomar doses de insulina diariamente para controlar a doença. Em excesso, o hormônio provoca o acúmulo de gordura na barriga e até cistos no ovário.

T3 e T4

São produzidos pela tireoide e controlam o crescimento, a velocidade do metabolismo, o sono e o funcionamento do intestino. Falta de iodo na alimentação, histórico familiar e consumo excessivo de soja podem ser responsáveis por seu desequilíbrio. “O hipertireoidismo provoca emagrecimento, taquicardia, insônia, tremores e diarreia. Já o hipotireoidismo causa ganho de peso, sonolência, queda de cabelo, letargia, diminuição da libido, pele ressecada e retenção de líquido”, avisa o médico.

Cortisol

Mais conhecido como hormônio do estresse, é produzido pelas glândulas suprarrenais, que ficam sobre os rins. Ele age em situações de tensão, equilibra a pressão arterial e a glicose no sangue. Estresse contínuo e doenças raras nas glândulas suprarrenais podem desregular as taxas de cortisol. “O excesso, ou hipercortisolismo, causa hipertensão, ganho de peso, aparecimento de estrias avermelhadas, rubor facial e acúmulo de gordura na região do pescoço e da face”, explica Pedro Assed.

Paratormônio

Controla a formação óssea e a eliminação do cálcio e do fósforo pela urina, mantendo o equilíbrio dessas substâncias no sangue e garantindo o bom funcionamento do coração. “O excesso desse hormônio, distúrbio conhecido como hiperparatireoidismo, causa dores ósseas e osteoporose. Já sua falta, o hipoparatireoidismo, provoca espasmos musculares, confusão mental, fraqueza, sonolência, sintomas depressivos e até crises convulsivas”, alerta o endocrinologista.

Fonte: http://mdemulher.abril.com.br/saude/conheca-os-motivos-por-tras-do-sobe-e-desce-dos-hormonios/

6 COISAS QUE TODA MULHER DEVE SABER SOBRE CONGELAMENTO DE ÓVULOS


AUMENTA A PROCURA POR CONGELAMENTO DE ÓVULOS NAS CLÍNICAS DE REPRODUÇÃO HUMANA (Foto: Thinkstock)

“Minha vida é uma loucura, trabalho de 12 a 14 horas todos os dias. Não conseguiria cuidar de um bebê e me recuso a ser uma mãe ausente. Por isso quero congelar meus óvulos.” Esta declaração foi dada recentemente por Sabrina Sato à Marie Claire, mas poderia ser de muitas mulheres brasileiras que optam cada vez mais pela gravidez tardia e fazem crescer a procura por congelamento de óvulos nas clínicas de reprodução humana.

“São mulheres que desejam postergar a maternidade em prol da estabilidade econômica ou por priorizar a carreira até os 30 e poucos anos”, conta a Dra. Audrey dos Reis, médica ginecologista-obstetra, especialista em reprodução humana. “Fazem crescer a lista aquelas que, apesar do desejo reprodutivo, ainda não encontraram o parceiro ideal, e mulheres com problemas graves de saúde, como câncer, que necessitam de tratamento imediato, mas desejam preservar a fertilidade para realizar o sonho da maternidade assim que curadas.”

A blogueira fitness Karina Bacchi endossa o coro das favoráveis ao congelamento e admitiu há poucos dias, em sua conta do Instagram que, apesar de não ter o desejo de ser mãe, congelou os óvulos por precaução. “Fiz sob orientação médica para caso um dia eu mude de ideia e já não esteja tão jovem assim”, escreveu.

De olho nesta crescente, consultamos a especialista para esclarecer todas as dúvidas que ainda rondam o assunto.

1. PROCURE CONGELÁ-LOS ATÉ OS 35 ANOS

A marca dos 35 anos é importantíssima quando se trata de fertilidade feminina. É a partir desta idade, principalmente, que a reserva ovariana começa a diminuir gradativamente e os óvulos apresentam perda de qualidade. “Essas alterações são ainda mais significativas dos 40 anos em diante. Quando a mulher atinge esta idade, ela conta com apenas 8% da sua função reprodutiva. Por isso, o ideal é que o congelamento seja realizado antes deste período. Assim existe uma garantia de melhor qualidade oocitária, maior taxa de sucesso na gestação e menor incidência de doenças genéticas”, esclarece Audrey.

Apesar disso, a especialista não descarta o congelamento após os 35. “É provável que, neste caso, por apresentar uma reserva ovariana menor em decorrência da idade, a mulher tenha que realizar o procedimento mais de uma vez a fim de obter um número razoável de óvulos para uma fertilização futura.”

2. O CONGELAMENTO NÃO TEM PRAZO DE VALIDADE…

Executado o procedimento, Audrey garante que os óvulos podem ser mantidos congelados por tempo indeterminado. “A utilização será feita, então, no momento em que a paciente achar mais oportuno”, diz.

3. …MAS ACONSELHA-SE QUE A FERTILIZAÇÃO SEJA FEITA ATÉ OS 50 ANOS

O Conselho Federal de Medicina assinou uma resolução, em 2013, que limita a fertilização in vitro a mulheres com menos de 50 anos. “Isso se deve a maiores riscos de complicações clínicas que possam acontecer na gestação em idade materna avançada”, explica. “As perdas gestacionais e a malformação fetal são diretamente proporcionais ao aumento da idade da mãe.”

A partir dos 40, a gravidez já é considerada de risco, mas os problemas podem ser minimizados nesta idade caso os óvulos tenham sido coletados em idade jovem. Além disso, com o avanço das técnicas laboratoriais, pacientes submetidas a este tipo de fertilização podem avaliar geneticamente o embrião antes que ele seja transferido ao útero.


OS RISCOS DA GRAVIDEZ TARDIA DIMINUEM SE OS ÓVULOS TIVEREM SIDO COLETADOS DURANTE A JUVENTUDE (Foto: Thinkstock)

4. CONGELAMENTO DE ÓVULOS vs. CONGELAMENTO DE EMBRIÕES

Aqui, o raciocínio é simples, mas envolve decisões diferentes. Segundo a especialista, o congelamento de óvulos nada mais é do que o processo feito exclusivamente com o gameta feminino. “Assim que congelados, os óvulos podem ser descongelados e fertilizados no momento em que a futura mãe achar mais oportuno”, conta ela.

Já o congelamento embrionário é resultado da fertilização in vitro prévia do óvulo pelo espermatozoide. Considerando que o embrião é produto da fecundação do gameta feminino pelo gameta masculino, quando o casal realiza o processo junto, normalmente, a decisão por descongelar o embrião costuma ser conjunta. O cenário só muda de figura quando a fecundação acontece com espermatozoides de um doador de sêmen anônimo. Neste caso, a decisão fica na mão da mãe.

5. A COLETA DOS ÓVULOS É FEITA SOB O EFEITO DE ANESTESIA LOCAL

Todo o procedimento começa dez dias antes da efetiva captura dos óvulos. “Inicialmente, a paciente é submetida ao uso de medicamentos responsáveis por estimular o crescimento folicular ovariano e a maturação dos óvulos. Esta etapa dura, em média, dez dias e não muda a rotina de vida da paciente. Assim que alcançamos um número adequado e o tamanho ideal de folículos, é programada a coleta dos óvulos”, explica Audrey.

A segunda etapa acontece em uma clínica especializada em reprodução humana por meio de um procedimento cirúrgico que exige o uso de anestesia e dura cerca de duas horas. “A punção ovariana é feita pelo canal vaginal e guiada por um ultrassom, que auxilia na localização dos folículos ovarianos. Os óvulos são capturados um a um. Em seguida, são encaminhados ao laboratório que avaliará o grau de maturidade e viabilidade de congelamento.”

Por conta da anestesia, o procedimento costuma ser indolor. “Entretanto, no pós-operatório imediato, a paciente pode sentir cólicas, que são geralmente discretas”, acrescenta ela.

6. PREÇO MÉDIO DO CONGELAMENTO

Apesar de ser de extrema importância para algumas mulheres, o congelamento de óvulos ainda não é uma técnica muito acessível. “A média do mercado está entre R$ 6 mil e R$ 10 mil”, esclarece Audrey. Mas alguns hospitais oferecem o tratamento de fertilidade pelo SUS, como o Pérola Byington, que tem programa gratuito de congelamento de óvulos para pacientes com câncer.

“O Instituto Ideia Fértil, da Faculdade de Medicina do ABC, tem um projeto de cunho social sem custos para pacientes com doenças graves que necessitam da preservação da fertilidade antes do início do tratamento da doença”, acrescenta Audrey. Para consultar todos os locais que oferecem o procedimento, vale entrar em contato com o Disque Saúde, no 136.

Fonte: http://revistamarieclaire.globo.com/Comportamento/noticia/2015/03/6-coisas-que-toda-mulher-deve-saber-sobre-congelamento-de-ovulos.html