Mitos e Verdades sobre a infertilidade masculina: causas e tratamentos
Quando falamos de um casal que não consegue engravidar, é comum pensar que apenas a mulher tem alguma alteração.
Mas sabia que tanto homens quanto mulheres têm a mesma contribuição nos casos de infertilidade?
De todos os casais que têm dificuldades para engravidar, em 35% dos casos o fator de infertilidade é exclusivamente masculino, enquanto em outros 20% dos casais, são diagnosticados tanto fatores combinados masculinos quanto femininos. Portanto, de todos os casais inférteis, 55% destes têm um fator masculino envolvido, seja em conjunto com um fator feminino ou por uma questão exclusivamente masculina.
Sabemos que a idade é um fator fundamental de infertilidade feminina, devido ao estoque de óvulos que as mulheres possuem. Mas será que a idade também é preocupante para os homens ou eles podem ter filhos até quando quiserem?
A idade paterna avançada está associada a uma maior taxa de fragmentação do DNA dos espermatozoides, o que compromete a qualidade do sêmen. Com o avançar da idade masculina é possível ocorrer alterações de níveis hormonais que afetam a espermatogênese, especialmente a motilidade e a concentração espermática.
Os espermatozóides podem também ter mais alterações epigenéticas com a idade, aumentando a chance dos filhos de pais mais velhos apresentarem mais risco de autismo, esquizofrenia, transtorno bipolar e outras patologias psiquiátricas.
Portanto, é muito importante esclarecer e aconselhar os homens sobre o adiamento da paternidade para que eles estejam cientes dos possíveis riscos relacionados.
Além da idade, os hábitos de vida também impactam na qualidade do sêmen. Obesidade, cigarro, álcool em excesso, má alimentação, uso de roupas muito justas, trabalhar com notebook no colo, podem também influenciar negativamente nos parâmetros de qualidade do sêmen. A adoção de hábitos saudáveis certamente aumenta a fertilidade masculina.
Outro fator que afeta a qualidade espermática é a quimioterapia utilizada nos tratamentos de câncer. Existe uma possibilidade de infertilidade devido à agressão que o quimioterápico promove nas células que estão em rápida divisão, como os espermatozoides. Neste caso, se possível, a opção é o congelamento de sêmen prévio à quimioterapia. Caso não seja possível, será preciso aguardar e realizar avaliações periódicas para observar se houve retorno da qualidade espermática após o processo. Dependendo do tipo de quimioterápico, se houve ou não uso e radioterapia, do tipo de tumor, pode haver uma melhora natural na qualidade seminal após alguns anos.
Mas quais as soluções da Medicina Reprodutiva para a infertilidade masculina?
A ausência de espermatozoides no ejaculado, chamada de azoospermia, pode ser de causa obstrutiva ou não obstrutiva.
A azoospermia obstrutiva é devido à uma obstrução dos canais do sistema reprodutivo que conduzem os espermatozoides. Neste caso, uma excelente opção é a recuperação cirúrgica de forma minimamente invasiva de espermatozoides do epidídimo ou diretamente do testículo.
Quando a extração dos espermatozoides é do epidídimo, ela é chamada de Aspiração Percutânea dos espermatozoides do epidídimo (PESA). O objetivo do PESA é aspirar fluido epididimário por via percutânea com agulha fina.
Se a extração dos espermatozoides é diretamente no testículo, a técnica é chamada de Aspiração de espermatozoides do testículo (TESA). O objetivo do TESA é aspirar parênquima testicular com agulha fina por via percutânea. O fragmento de parênquima testicular é preparado e enviado ao laboratório de andrologia, onde ocorre a dispersão mecânica dos túbulos seminíferos.
Esses espermatozoides obtidos de forma cirúrgica são então utilizados nas técnicas laboratoriais de reprodução assistida, a fim de obter um embrião e a sonhada gestação.
Ambas as técnicas, PESA e TESA, são muito eficientes em caso de azoospermia obstrutiva.
No caso de azoospermia não obstrutiva, existem fatores que afetam a espermatogênese. Varicocele, criptorquidia, traumas, tumores testiculares, alterações hormonais são as principais causas de azoospermia não obstrutiva.
Neste caso de alteração na produção de espermatozoides, a indicação é a utilização de banco de sêmen.
No banco de sêmen é possível selecionar doadores pelas características físicas, além de ser possível ter acesso ao histórico de saúde do doador. Por recomendação da ANVISA, todos os doadores de sêmen devem passar por exames sorológicos para rastreamento de doenças genéticas e sexualmente transmissíveis. Portanto, o uso de sêmen de banco de sêmen é altamente seguro para a paciente.
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