Como é feita a Fertilização in vitro por ICSI - Clinifert

Como é feita a fertilização in vitro por ICSI 

A Fertilização in vitro (FIV) por ICSI é a opção da medicina reprodutiva que oferece maiores chances de gravidez para aqueles que enfrentam dificuldades para engravidar. O desenvolvimento do método ICSI (Intracitoplasmatic Sperm Injection) ou, em português, Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides, associado à Fertilização in vitro, tem proporcionado resultados positivos progressivamente maiores, especialmente para o casal cujo homem dispõe de espermatozoides em pequeno número ou com alterações qualitativas importantes.

Se você já está pesquisando há algum tempo sobre tratamentos para engravidar e quer saber detalhes sobre como é feita a Fertilização in vitro por ICSI, neste artigo você vai encontrar algumas informações importantes.

 

Fatores de sucesso da Fertilização in vitro por ICSI

No método de Fertilização in vitro por ICSI, como é feita a micromanipulação dos gametas também em laboratório, fatores como concentração (número), motilidade (capacidade de movimento) e morfologia (forma) dos espermatozoides não influenciam o resultado.

De acordo com o Serviço de Reprodução Humana do Hospital São Paulo, se houver espermatozoides viáveis, a taxa de gravidez não é afetada pela qualidade do sêmen, porque essa técnica atravessa a zona pelúcida (camada de célula externa do óvulo) e o oolema (parte interna do óvulo) para transferir o genoma masculino diretamente ao óvulo. A ICSI também pode ser realizada em homens azoospérmicos (ausência de espermatozoides no ejaculado), uma vez que os espermatozoides também poderão ser obtidos do epidídimo ou do testículo.

Mas vale lembrar que, assim como outros tratamentos para engravidar, o principal responsável pelo sucesso neste programa, é a idade da mulher, ou seja, a qualidade da reserva ovariana.

Quando esses métodos associados são indicados?

No caso das mulheres inférteis

No caso das mulheres, a principal indicação é quando ocorrem falhas repetidas em outros tratamentos para engravidar. Normalmente a técnica é utilizada no caso de mulheres com problemas nas trompas ou endometriose, o que pode dificultar a chegada dos espermatozoides até o óvulo e em casos de problemas na produção de gametas no homem.

A fertilização in vitro por ICSI também é utilizada como opção terapêutica para casos de infertilidade sem causa aparente (ISCA) em mulheres com mais de 36 anos de idade ou mais de dois a três anos de infertilidade. Outra situação em que o tratamento é indicado ocorre quando é preciso que seja feita a doação de óvulos, no caso de mulheres que não o produzem mais ou em casos de casais homossexuais masculinos.

No caso dos homens inférteis

Já para os homens, a indicação da fertilização in vitro por ICSI é totalmente adequada àqueles com espermatozoides que apresentam:

  • Baixa quantidade de espermatozoides (oligozoospermia).
  • Baixa motilidade de espermatozoides (astenozoospermia).
  • Alteração na forma dos espermatozoides (teratozoospermia).
  • Anticorpos anti-espermatozoides.
  • Falhas repetidas na fertilização com fertilização in vitro clássica.
  • Sêmen criopreservado de pacientes com câncer e curados.
  • Distúrbios ejaculatórios.

Como é feita a fertilização in vitro por ICSI?

Na Fertilização in vitro pelo método ICSI, a manipulação do material coletado do homem é feita também em laboratório. Nessa técnica, tanto os oócitos (feminino) quanto os gametas (masculino) são cultivados em laboratório para permitir a observação do correto desenvolvimento dos embriões e posterior transferência ao útero materno.

Para a execução desta técnica exige-se uma prévia estimulação ovariana por meio de medicamentos adequados (gonadotrofinas, como é o caso de LH e FSH) e acompanhamento médico regular (exames de ultrassom transvaginal e dosagens hormonais seriadas para definir o melhor dia para coleta dos óvulos.

Na etapa seguinte, depois do material feminino e masculino coletado, é feita a denudação dos óvulos e classificação e micromanipulação dos gametas. A partir daí, os óvulos são colocados em uma cultura in vitro para se transformar em pré-embriões.

Quando o embrião já está pronto,  é implantado no útero da mulher. No processo é utilizado um espéculo – aparelho usado normalmente no exame ginecológico para localizar o colo uterino – e depois um cateter bem fino é inserido no útero da mulher.

Por fim, após 12 ou 14 dias, é feito o exame de sangue para detectar a presença do beta-hcg, conhecido como “hormônio da gravidez”, e confirmar se houve sucesso no método.

Existe alguma contraindicação?

Para os homens, o método de fertilização in vitro por ICSI não apresenta contraindicações. Para as mulheres, as contraindicações são as mesmas de outros tratamentos para engravidar.

O uso dos medicamentos para indução de ovulação é contraindicado para mulheres com carcinoma ovariano, uterino ou mamário e tumores do hipotálamo ou da glândula pituitária.

Mas assim como a indicação deste tratamento, apenas o seu médico especialista poderá avaliar se há algum impedimento para a realização da técnica de fertilização in vitro por ICSI.

Há possibilidade de gêmeos neste tipo de tratamento?

Sim, quando mais de um embrião é transferido, existe a possibilidade de gestação de múltiplos.  

Conclusão

Agora que você já sabe como é feita a fertilização in vitro por ICSI, fica mais fácil considerar esta opção entre os tratamentos de reprodução assistida.

Mas como em qualquer tipo de tratamento, é preciso consultar um especialista para identificar as causas da infertilidade feminina e indicar o que é melhor para você.

 

Responsável Técnico: Dra. Kazue Harada Ribeiro – CRM SC 2035 – RQE 300/301/914

 

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