Junho – Mês da Infertilidade: Desmistificando a infertilidade e promovendo a conscientização

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a infertilidade como ausência de gravidez após um ano de tentativas, com relações sexuais regulares e sem proteção anticoncepcional. A incidência da infertilidade na população mundial atingiu 17,5%, segundo os dados publicados em abril de 2023 pela OMS, o que surpreendeu até mesmo os profissionais da área de saúde.

Esta “epidemia” de infertilidade pode estar relacionada a vários fatores tanto femininos quanto masculinos, afetados pelo ambiente e estilo de vida dos casais.

Cerca de 35% dos casos de infertilidade são devidos a fatores exclusivamente femininos, assim como outros 35% devem-se a fatores masculinos. Outros 20% devem-se a fatores masculinos e femininos combinados, enquanto os 10% restantes são classificados como infertilidade sem causa aparente, ou seja, não foi possível diagnosticar os fatores de infertilidade.

É importante saber que o casal pode precisar de ajuda médica especializada caso esteja tentando engravidar há mais de um ano, no caso de mulheres com até 35 anos de idade. Se a parceira tiver entre 36 e 39 anos, o tempo máximo de espera deve ser de apenas 6 meses de tentativas. Se a parceira tiver mais de 40 anos, a busca por ajuda para fazer exames deve ser imediata.

A Medicina Reprodutiva tem várias opções de tratamentos para a infertilidade, desde tratamentos muito simples, de baixa complexidade, até os tratamentos mais sofisticados, de alta complexidade.

Os tratamentos de baixa complexidade incluem o coito ou namoro programado e a inseminação intra-uterina (IIU), popularmente chamada de inseminação artificial. Nestes casos, a fertilização ocorre no corpo da mulher. Portanto, ambas as técnicas são indicadas para casos mais simples, onde haja uma boa condição do sistema reprodutivo feminino para que a fertilização ocorra de forma natural.

No caso do coito programado, pode haver uso de medicamentos para aumentar a taxa de ovulação e há uma monitorização via ultrassom transvaginal do momento da ovulação, com agendamento da relação para aumentar a chance de gravidez.

Na IIU, além de haver uso de medicação que estimule a ovulação e a monitorização da mesma, há um preparo seminal para melhorar a condição dos espermatozoides e aumentar as chances de fertilização.

A ampla maioria dos casais tem indicação para fazer tratamentos de alta complexidade, como a fertilização in vitro (FIV) com a injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI). Nestes casos, a fertilização ocorre no ambiente laboratorial.

Para isso, é preciso que a mulher realize um processo de estimulação ovariana controlada com medicações hormonais, a fim de obter um grande número de óvulos para serem fertilizados no laboratório.

Assim que houver uma determinada condição clínica ao ultrassom transvaginal que indique que os óvulos estão prontos para serem retirados dos ovários, é agendado o procedimento de captação destes óvulos. Os óvulos são então retirados, levados até o laboratório de embriologia, onde são fertilizados com o sêmen previamente preparado do parceiro.

E quando não houver óvulos disponíveis?

Neste caso, é preciso pensar em realizar uma ovodoação, ou seja, a paciente receber óvulo doado de outra mulher que tenha uma boa reserva ovariana, seja de um banco de óvulos ou de uma parente até 4º grau, conforme normas e critérios do Conselho Federal de Medicina.

Quando não houver espermatozoides disponíveis no ejaculado, é possível tentar uma recuperação cirúrgica dos espermatozoides diretamente do epidídimo e dos testículos. Caso não haja sucesso na recuperação cirúrgica, é possível utilizar um banco de sêmen.

Se você está tendo dificuldades para engravidar pelo prazo que mencionei acima de acordo com a idade da mulher, agende sua consulta para que eu possa te ajudar com alguma das soluções que temos disponíveis!

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Este conteúdo é informativo, não substitui uma consulta médica com especialista. Responsável Técnica: Dra. Kazue Harada Ribeiro – CRM/SC: 2035 – RQE: 300 / 301 / 9014

 

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