Não consigo engravidar. Quando devo procurar um especialista em fertilidade?
A cada ano aproximadamente 100 milhões de casais tentam ter filhos naturalmente no mundo todo, segundo dados da Organização Mundial de saúde.
A possibilidade de ter filhos faz parte dos sonhos de inúmeros casais. Entretanto, 10% a 15% deles terão dificuldades para realizar esse desejo.
Quando devo procurar um especialista em fertilidade?
De acordo com a ginecologista Mila Cerqueira, o tempo que o casal deve esperar para realizar uma consulta direcionada, depende, principalmente, da idade da mulher.
“Mulheres até 35 anos devem aguardar um ano mantendo relações sexuais regulares para buscar ajuda; quando têm entre 35 e 40 anos, devem aguardar no máximo seis meses; e acima de 40 anos, a ajuda deve ser procurada imediatamente”, aponta.
Caso já tenha sido identificada, no homem ou na mulher, alguma patologia que dificulte a gravidez, a procura pelo especialista em fertilidade deve ser o quanto antes. Mulheres com histórico familiar de menopausa precoce devem ser alertadas para investigação da reserva ovariana através de exames hormonais, mesmo jovens.
Os casais que apresentam dificuldades estão divididos entre os que possuem problemas de fertilidade feminina (40%), masculina (40%) ou de ambos (20%). Por tudo isso, devemos sempre investigar o casal.
Em relação à mulher, é preciso investigar a ovulação, a anatomia uterina e a permeabilidade das trompas. Quanto ao parceiro, deve-se realizar um exame chamado espermograma.
Deve-se lembrar de que existem estratégias para preservar a fertilidade em mulheres que desejam postergar o momento da maternidade.
Elas devem ser orientadas a procurar um especialista em fertilidade para congelamento de óvulos e utilização futura. O congelamento de óvulos ou de espermatozoides também é de extrema importância em pacientes oncológicos que serão submetidos a tratamento de rádio ou quimioterapia.
Felizmente, os avanços da medicina reprodutiva oferecem possibilidades de tratamentos, podendo, assim, proporcionar ao casal a alegria da paternidade e da maternidade.
Texto publicado originalmente na Revista Saúde.
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