Produção independente: mulheres encaram o desafio de ser mãe sozinha
Com os avanços das técnicas de reprodução assistida e uma mentalidade mais flexível da sociedade, a tendência é que cada vez mais mulheres estão optando pela produção independente, recorrendo a um banco de sêmen.
A sociedade mudou muito em poucas gerações e a presença feminina nas mais diversas áreas é cada vez mais forte. A mulher já conquistou o direito de escolher e assumir as suas decisões.
Nesse novo cenário, entre as principais mudanças, está a possibilidade de escolha do momento de realizar o sonho da maternidade e, sobretudo, do fato de quererem assumir o papel de mãe e pai ao mesmo tempo.
Segundo a ginecologista Mila Cerqueira, é cada vez mais crescente o número de mulheres interessadas na realização de uma reprodução assistida para uma produção independente. “São muitas as razões que as levam a esta opção, mas a principal delas é a idade que já está avançando combinada com a falta de um parceiro ideal que não surgiu no decorrer da vida.
Outras razões seriam a orientação sexual (casais homoafetivos) ou mesmo o desejo de se tornar mãe, independentemente das convenções sociais”, explica.
Mulheres solteiras que querem ser mães
Mulheres independentes estão cada vez mais propensas a gerar filhos a partir de técnicas de reprodução assistida, recorrendo a um banco de sêmen. A escolha do sêmen é baseada em algumas características dos doadores como altura e peso, etnia, cor e textura dos cabelos, cor dos olhos e da pele, tipo sanguíneo, profissão e hobby.
Tratamentos de reprodução assistida
Felizmente, a medicina reprodutiva acompanhou essas transformações e auxilia mulheres a gerarem os próprios filhos através de técnicas de reprodução assistida. Mesmo com uma ótima saúde, a idade da mulher definitivamente é um fator de extrema importância para a escolha entre um tratamento mais simples como a inseminação artificial ou mais complexo como a fertilização in vitro (FIV).
Inseminação artificial
A inseminação artificial consiste na colocação de espermatozoides móveis e previamente selecionados na cavidade do útero no período da ovulação. As chances de sucesso são de aproximadamente 15%.
Indicações:
• Ter menos de 35 anos;
• Não possuir obstruções nas trompas ou outros fatores que reduzem a fertilidade.
Fertilização in vitro (ICSI)
Nesse procedimento, a fertilização do óvulo pelo espermatozoide ocorre no laboratório, e o embrião é transferido pronto para a cavidade do útero. Hoje em dia é realizada a injeção do espermatozoide diretamente no óvulo, em uma técnica conhecida como ICSI (Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoide).
Indicações:
• Ter mais de 35 anos;
• Pode ser indicado também para mulheres com menos de 35 anos que apresentam fatores de redução da fertilidade, como baixa reserva ovariana, obstrução nas trompas, endometriose, entre outras causas que reduzem muito ou anulam as probabilidades de êxito de uma Inseminação Artificial.
As chances de sucesso da Fertilização In Vitro podem variar de 30% a 60% dependendo de diferentes aspectos da fertilidade da mulher.
Ovodoação
Mulheres que não possuem os próprios óvulos podem recorrer à doação dessas células.
Texto publicado originalmente na Revista Saúde.
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