Gravidez homoafetiva: como escolher quem irá gerar o bebê? - Clinifert

Gravidez homoafetiva: como escolher quem irá gerar o bebê?

A decisão de ter filhos envolve muitas escolhas. Se a primeira já está feita – a ampliação da família -, é hora de pensar em como essa concepção vai se realizar. Na gravidez homoafetiva, existem muitas possibilidades de reprodução assistida, tanto para casais de homens quanto de mulheres.

No caso das mulheres, ambas têm – em tese – as condições necessárias para a gestação de um bebê. Às vezes, é uma decisão simples: uma das parceiras sente um grande desejo de gestar um bebê, enquanto a outra nem considera passar pela experiência de engravidar e parir, apesar de querer ter um filho.

No caso da gravidez homoafetiva que envolve um casal de homens, é necessário o envolvimento de uma terceira pessoa, tanto para a gestação quanto para a doação do óvulo.

Gravidez homoafetiva: quais os métodos disponíveis

No Brasil, os casais homoafetivos têm os mesmos direitos à reprodução assistida que os heterossexuais. Isso está garantido por uma resolução do Conselho Federal de Medicina. Basicamente, existem duas opções para casais de mulheres na gravidez homoafetiva: a fertilização in vitro ou a inseminação artificial. O fator em comum entre as opções é a necessidade de um doador de sêmen, que não pode ser um conhecido do casal.

Inseminação artificial

Nesse método, o espermatozoide é inserido por via vaginal no útero da mulher que vai gerar o bebê. Não há a retirada do óvulo, e a fecundação é realizada internamente.

Fertilização in vitro

Para a fertilização in vitro, a fecundação ocorre fora do corpo da mulher e, depois, é inserido o embrião na cavidade uterina. Assim, para a gestação, há duas possibilidades. A própria doadora do óvulo pode dar continuidade à gestação, ou a outra parceira pode receber o óvulo fecundado e, assim, participar ativamente do processo. Converse com sua parceira e seu ginecologista para saber qual a melhor opção para o casal.

Gravidez homoafetiva para um casal de mulheres

A grande dúvida no caso da gestação em um casal de mulheres é: e quando as duas envolvidas querem passar pela experiência de carregar o bebê no ventre? A escolha se torna um pouco mais complexa, e deve levar em consideração uma série de fatores.

É bastante comum que as duas parceiras queiram participar da gravidez homoafetiva. Dar à luz e sentir um pequeno ser se desenvolvendo dentro de você é uma experiência tão intensa – maravilhosa e, ao mesmo tempo, cansativa e assustadora – que o casal geralmente tem o desejo de se participar de alguma forma.

Gravidez homoafetiva para um casal de homens

A escolha da mulher que vai levar a gestação adiante tem de ser bem pensada e planejada. A resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que regulamenta a reprodução assistida no Brasil permite que se envolvam no processo apenas familiares do casal.

Até pouco tempo atrás, apenas a mãe, a avó, a irmã, a tia ou a prima poderiam participar da gestação de substituição – também conhecida como barriga solidária. A partir da atualização, em 2017, filha e sobrinha também estão autorizadas a ceder o útero temporariamente para a gestação do filho do casal. Para aumentar as chances de êxito no procedimento, a mulher deve ter no máximo 50 anos de idade.

Gravidez homoafetiva: como escolher quem vai gerar o bebê

Independentemente do tipo de casal – seja de homens ou de mulheres -, a gravidez sempre será vivenciada por uma mulher. Sendo assim, há diversos fatores que devem ser considerados na escolha dessa pessoa que vai ceder temporariamente o útero para a gestação.

Fertilidade

A primeira coisa a se considerar é a fertilidade. É recomendável que a mulher faça exames para descobrir quais as chances de engravidar. A que for mais fértil provavelmente terá mais chances de levar a gravidez adiante.

Idade

A quantidade e a qualidade dos óvulos diminuem com o passar dos anos. Sendo assim, se houver uma diferença significativa de idade entre as parceiras, a mais nova terá mais chances de conceber. No caso dos homens, é recomendada a escolha da parente mais jovem.

Saúde e condições clínicas

Considerem as condições de saúde da mulher. Investiguem o histórico das famílias e possíveis doenças hereditárias, procurem saber se é portadora de doenças como diabetes, hipertensão e infecções, ou qualquer outras situações que podem interferir na fertilidade ou tornar a gravidez complicada.

Estilo de vida

Ter hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática de atividades físicas e cuidados com a saúde mental, são grandes vantagens para quem deseja engravidar. Estar muito acima ou muito abaixo do peso pode prejudicar a gestante. Hábitos como o consumo do álcool, cigarro ou drogas devem ser descartados.

Outras questões a se considerar na gravidez homoafetiva

Além de questões relacionadas à saúde e estilo de vida, vale a pena considerar outros fatores sociais. Entre eles, podemos citar o plano de saúde. A mulher que vai gerar o bebê tem opções de atendimento, internação e tratamento?

Em relação ao trabalho: qual dos dois parceiros do casal terá mais flexibilidade para se ausentar durante a gravidez, se necessário, ou na licença-maternidade ou paternidade?

Essas são questões práticas de que poucas pessoas se lembram quando pensam em ter um bebê. Gostou das informações?

Quer saber mais sobre reprodução assistida? Agende uma consulta e tire todas as suas dúvidas!

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