Ter um bebê depois da laqueadura ou da vasectomia, é possível?

Quando as mulheres ou os homens decidem não ter mais filhos, eles podem optar por um procedimento cirúrgico contraceptivo com o intuito de evitar a gestação. Na mulher esse procedimento recebe o nome de laqueadura e no homem de vasectomia.

Mas, se por algum motivo, após a realização desses procedimentos o homem ou a mulher desejar alcançar a gravidez, isso é possível?

Sim, mesmo depois da laqueadura ou da vasectomia é possível ter um bebê.

Filhos após a laqueadura:

Durante o procedimento cirúrgico da laqueadura, o médico corta ou amarra as tubas uterinas. As tubas, são os órgãos que conectam os ovários ao útero e onde ocorre o encontro do espermatozoide com o óvulo, com esse caminho obstruído o encontro não ocorre, não havendo a fecundação do óvulo nem uma possível gravidez. É importante ressaltar que esse procedimento não interfere no ciclo menstrual da mulher, ela continua menstruando e ovulando normalmente.

Mas se você realizou a laqueadura e deseja ter filhos, isso pode acontecer sim! Na cirurgia, o médico une novamente as tubas, é um procedimento delicado, realizado no hospital através de uma videolaparoscopia. Hoje não se recomenda mais a cirurgia de reversão, pois as chances de sucesso são baixas, quase nulas.

Para mulheres laqueadas, a opção é recorrer a fertilização in vitro para a obtenção da gestação, uma vez que a cirurgia da laqueadura não interfere na maturação e na qualidade dos óvulos, esse processo ocorre nos ovários, órgão não afetado pela cirurgia.

No processo de fertilização in vitro, depois de uma avaliação médica, a mulher irá passar por um estímulo hormonal para crescimento e maturação dos folículos, posteriormente ocorrerá a retirada dos óvulos diretamente dos ovários e a fertilização com os espermatozoides ocorrerá no laboratório, após um período de 3 a 5 dias os embriões são transferidos para o útero.

Filhos após a vasectomia:

No caso dos homens que realizaram a vasectomia o caminho é parecido, a cirurgia de vasectomia impede que os espermatozoides produzidos pelos testículos sejam ejaculados, ou seja que saiam do corpo através do líquido seminal. Isso ocorre pois os ductos deferentes são cortados, o homem fica então com uma azoospermia (ausência de espermatozoide no ejaculado) obstrutiva, pois a passagem dos espermatozoides foi interrompida.

A cirurgia de vasectomia não altera a ereção, a libido, a produção de hormônio masculino nem a produção de espermatozoides.

As chances de sucesso da reversão da vasectomia dependem de alguns fatores, porém o mais relevante é o intervalo entre a vasectomia e a reversão, sendo considerada de melhor prognóstico aquelas realizadas em até 3 anos da primeira intervenção. Fatores como o tamanho dos ductos cortados e as condições que se encontram os cotos também deve ser levada em consideração. Vale ressaltar que a idade da parceira também é um fator importante para se considerar a realização ou não da reversão da vasectomia, uma vez que o casal pode apresentar fatores de infertilidade associados.

Uma alternativa a cirurgia da reversão da vasectomia é a fertilização in vitro, o mesmo procedimento indicado na mulher laqueada, a diferença está na fonte de espermatozoides, que ao invés de serem obtidos através do ejaculados serão “coletados” direto do epidídimo ou do testículo.

Através de um procedimento microcirúrgico o médico pode realizar uma punção do epidídimo que é o órgão responsável pelo armazenamento e maturação dos espermatozoides, esse procedimento recebe o nome de PESA (sigla vinda do inglês que significa Percutaneous Epididymal Sperm Aspiration), onde o médico com auxílio de uma agulha de calibre fino retira os espermatozoides do epidídimo e encaminha para análise no laboratório.

A obtenção dos espermatozoides também pode ser feitado testículo, procedimento chamado TESA (Testicular Sperm Aspiration), o testículo é o órgão responsável pela produção dos espermatozoides.

A escolha entre PESA ou TESA vai depender de inúmeros fatores que devem ser avaliados por um especialista, mas o principal é o tempo de realização a vasectomia, tanto a punção do testículo quando do epidídimo são procedimentos microcirúrgicos de baixa complexidade que podem ser realizados na própria clínica de reprodução humana após a sedação.

Felizmente a Reprodução Assistida consegue realizar o sonho de ter filhos mesmo após laqueadura e vasectomia. Atualmente a FIV (ICSI) é o método mais prático e usado nos casos de ambos os procedimentos.

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