PLANOS DE VIDA CONGELADOS


Jessica Tejera se submeteu a um tratamento de congelamento de óvulos. Q. C. ELPAÍS

Jessica Tejera, de 32 anos, nascida nas Ilhas Canárias, não foi pressionada por ninguém em seu trabalho para postergar a maternidade e se dedicar apenas a sua carreira. Nenhum chefe lhe disse que se ela for mãe perderá oportunidades de trabalho, ninguém ameaçou demiti-la. Mas a pressão ambiental está aí. Não em sua empresa, mas na sociedade. Assim como a convicção de que os horários de trabalho espanhóis, que em muitos casos excedem em várias horas os escolares, são pouco compatíveis com a maternidade. “Um filho é uma responsabilidade e exige um tempo que quis dedicar a conquistar meu cargo e demonstrar meu valor”, diz essa funcionária da clínica IVI Las Palmas, que congelou seus óvulos nesse mesmo centro em 2010.

Como Jessica, muitas mulheres sentem que aos trinta anos é hora de conseguir estabilidade no trabalho e deixar a maternidade para depois. Por isso, recorrem ao congelamento de óvulos. O número de mulheres que preservou sua fertilidade dessa forma quase duplicou nos últimos três anos, segundo as estatísticas das clínicas de reprodução assistida que forneceram os dados para este jornal. O centro IVI (Instituto Valenciano de Infertilidade) atendeu, em 2013, 700 mulheres em suas clínicas em toda Espanha, 300 a mais do que em 2012, e preveem que essa cifra continue aumentando em 2014. E cerca de 60 mulheres foram recebidas pelo Instituto Dexeus de Barcelona em 2013, o dobro do ano anterior.

O congelamento de óvulos começou a ser utilizado para dar uma alternativa às mulheres que tinham algum tipo de problema médico, a maioria delas doentes de câncer que se submetiam a tratamentos de quimioterapia. Mas agora o perfil costuma ser o de uma mulher entre 35 e 38 anos, sem parceiro estável, com trabalho e independência econômica, que prefere postergar a maternidade por questões sociais, não médicas. Esse perfil representa 65% do total. Apenas 30% faz isso por motivos oncológicos. E, dentro dos chamados motivos sociais, os mais importantes são a pressão profissional (25%) e a falta de parceiro (75%), segundo as clínicas.

Outro desses casos é o de Lucía, que não dá seu nome real para que não seja reconhecida no banco em que trabalha. O futuro ideal dessa mulher inclui um companheiro e dois ou três filhos: “uma família tradicional”, explica. Mas a ausência de parceiro estável e a vontade de progredir no trabalho esfriam seus planos. Para não deparar com um quero e não posso quando decidir ser mãe, essa madrilenha de 34 anos congelou seus óvulos em julho. “Estou há cinco anos nessa empresa e tenho possibilidades de promoção”, explica. “Se pudesse trabalhar no exterior, o faria. E tudo isso é incompatível com um filho”.

Lucía recorreu então à vitrificação, uma técnica que se disseminou há apenas quatro anos e que aumentou até 90% a sobrevivência dos ovócitos ao serem congelados e descongelados. “Dessa forma, garantimos seu bom estado para quando a mulher desejar usá-los em uma fecundação in vitro”, explica Javier Domingo, médico da clínica IVI Las Palmas.

Diante do progressivo adiamento da maternidade —em 2013 a idade média das espanholas em sua primeira gravidez foi de 30,9 anos, 18 meses a mais do que em 2002—, a fertilidade das mulheres não espera. A partir dos 35 anos, a quantidade e a qualidade dos óvulos diminui. “Aos 37, o semáforo fica amarelo”, explica o doutor Pere Barri, com mais de três décadas de experiência em reprodução assistida e pai da primeira menina de proveta espanhola. “Aos 40, já está vermelho. A possibilidade de um aborto ou de más-formações dispara. Se se quer preservar os óvulos, o ideal é fazê-lo antes”.

Facebook e Apple provocaram uma grande polêmica esta semana ao anunciar que pagarão para suas funcionárias os mais de 30.000 reais que custa o congelamento de óvulos no Silicon Valley. A medida, qualificada de “incentivo profissional”, pretende facilitar a dedicação plena ao trabalho mediante o adiamento da maternidade.

“As funcionárias foram as que se saíram pior da crise”, opina o advogado trabalhista Carlos Javier Galán. Segundo ele, as empresas preferem não contratar mulheres porque são as principais beneficiárias das licenças maternidade (apenas 1,25% dos casais compartilharam a licença em 2014). A própria Mónica de Oriol, presidenta do Círculo de Empresários, garantia há três semanas preferir contratar menores de 25 ou maiores de 45 para evitar “o problema” de uma gravidez em sua empresa. Marisa Soleto, diretora da Fundação Mulheres, constata o problema e acrescenta que se denuncia pouco, ou não se denuncia a “dupla discriminação”. “Se você denuncia e ganha, tem de se reincorporar ao lugar onde foi discriminada, e isso desanima”, ilustra.

A Sociedade Espanhola de Fertilidade desaconselha a fecundação a partir dos 50 anos. “Uma mulher na menopausa poderia gestar com um tratamento hormonal e um embrião implantado”, afirma Eleuterio Hernández, médico da clínica FivMadrid, “mas desde os 45, os riscos aumentam exponencialmente”. Rafael Bernabéu, diretor de três clínicas em Alicante, é taxativo: “O ideal é gestar aos 25 com seu parceiro em sua casa. Mas este não é um mundo ideal. Há uma hostilidade profissional destruidora em relação à maternidade. Oferecemos ampliar o relógio biológico em cinco, dez anos. E isso, no fim, dá mais liberdade à mulher”.

Jessica Tejera espera não ter de tirar seus óvulos do freezer. Quer ficar grávida em 2015, mas pretende fazê-lo de forma natural. Agora tem parceiro estável, casa e estabilidade econômica e profissional. Lucía, no entanto, prefere não estabelecer prazos. “Me esforcei muito em meus primeiros anos de trabalho. Agora quero desfrutar do que tenho e do que me falta conseguir.”

Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2014/11/01/internacional/1414844557_321633.html

NASCE BEBÊ CONCEBIDO A PARTIR DE ESPERMATOZÓIDE CONGELADO DURANTE 23 ANOS


Xavier Powell, concebido a partir da fertilização in vitro de um esperma de mais de vinte anos de idade (Foto: Reprodução / Channel Nine’s 60 Minutes)

Aos 15 anos de idade, o australiano Alex Powell não pensava na paternidade. Tampouco tinha as preocupações comuns da juventude, já que nesta mesma idade ele recebeu o diagnóstico do Linfoma de Hodgkin (câncer que se origina nos gânglios do sistema linfático).

Segundo os médicos, Alex deveria começar a quimioterapia imediatamente. No entanto, sua madrasta, Patrícia, temia que o tratamento pudesse deixá-lo infértil para o resto de sua vida. Ela então propôs que Alex congelasse seus espermatozoides. Assim, no futuro, ele poderia ter um filho.


Alex e sua madrasta Patrícia, responsável por aconselhá-lo a congelar seus espermatozoides (Foto: Reprodução / Channel Nine’s 60 Minutes)

Com o tempo, Alex se curou do câncer. Duas décadas após a decisão de congelar os espermatozoides, ele conheceu Vi Nguyen, sua atual esposa. A dupla se casou em 2013 e decidiu começar uma família, o que os levou a visitar o banco de espermas.


Casamento de Alex e Vi (Foto: Reprodução / Channel Nine’s 60 Minutes)

Alex e Vi tentaram conceber um bebê a partir da fertilização in vitro durante um ano. Em 2014, um dos espermatozoides de 23 anos de idade funcionou perfeitamente e fecundou o óvulo de Vi. Esse foi o esperma mais antigo da história a ser utilizado para gerar uma criança através do método de fertilização in vitro.


O casal ganhou um certificado do Guinness pelo espermatozoide de Alex ser o mais antigo durante uma bem-sucedida fertilização in vitro (Foto: Reprodução / Channel Nine’s 60 Minutes)

Em junho de 2015, Xavier Powell nasceu. “Quando o meu pai entrou no quarto [do hospital], eu olhei para ele e olhei para meu filho e eu disse ‘pai, quero te apresentar ao meu filho’. Esse foi um dos momentos mais especiais pra mim”, contou Alex ao programa 60 minutes, do Channel Nine.


A família Powell (Foto: Reprodução / Channel Nine’s 60 Minutes)

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Curiosidades/noticia/2017/01/nasce-bebe-concebido-partir-de-espermatozoide-congelado-durante-23-anos.html

COMO FUNCIONA A REPRODUÇÃO ASSISTIDA


A primeira etapa do procedimento é conhecida como indução da ovulação e é comum às duas técnicas (Ilustração: Luiz Lentini)

Consulta médica.

Uma minuciosa avaliação médica resultará na eleição da técnica certa para cada caso, o que dependerá da análise de testes físicos, provas laboratoriais e exames de imagem. A inseminação artificial (ou inseminação intrauterina) é indicada nos casos de dificuldade de ovulação, alterações anatômicas no colo do útero (que dificultam o encontro do espermatozoide com o óvulo), distúrbios na produção de espermatozoides (baixa quantidade ou pouca mobilidade), mulheres jovens (em torno dos 35 anos) e com função tubária preservada. A fertilização in vitro é a opção para as que têm problemas nas trompas (sequelas de infecção ou endometriose), estão acima dos 35 anos, fizeram ligamentos de trompas ou apresentam obstrução tubária.

Primeira parte: inseminação artificial e fertilização in vitro

A etapa conhecida como indução da ovulação é comum às duas técnicas. Nela, há estímulo do crescimento do maior número possível de óvulos. No segundo dia do ciclo menstrual, inicia-se o uso de um hormônio injetável. A partir do 6º dia, opera-se o controle do estímulo ovariano através do ultrassom. Por volta do 8º ao 10º dia de uso de medicação, verifica-se se há resposta ovariana para uma ou outra técnica. Usa-se, então, um hormônio específico para amadurecer os óvulos e desencadear a ovulação. A partir de agora, as duas técnicas seguem por caminhos diferentes.

Inseminação artificial

De 36 a 42 horas após do início da ovulação, o casal retorna ao centro de reprodução, e os melhores espermatozoides colhidos do marido são inseminados no útero. O procedimento é indolor, não envolve cirurgia e o casal é liberado no mesmo dia. O médico recomenda que o casal tenha relação sexual para que as contrações uterinas e tubárias facilitem a chegada dos espermatozoides até o óvulo. Após 21 dias da inseminação artificial, realiza-se o tão esperado exame de gravidez.

Fertilização in vitro

Nesta técnica, a paciente é submetida à captação de vários óvulos 36 horas após o uso do hormônio. É necessária uma cirurgia denominada punção ovariana por ultrassonografia transvaginal, que deve ser realizada com anestesia, e dura cerca de 20 minutos. Os óvulos são aspirados dos ovários, selecionados e, em seguida, unidos aos espermatozoides para formar os embriões. O marido é convidado à coleta do sêmen para uso da fertilização in vitro dos óvulos. Após um breve repouso, o casal volta para casa. No laboratório, cada óvulo é imerso num recipiente especial, que contém de 50 a 100 mil espermatozoides. Formados, os embriões são colocados em uma estufa, que reproduz as condições ambientais da tuba uterina, onde ficarão até serem formados os blastocistos – estágio final do desenvolvimento embrionário. Após três dias, acontecerá a transferência dos embriões para o útero. Geralmente, são implantados mais de um embrião para aumentar as chances de gravidez (daí ser comum a gemelar). Após 12 dias da transferência, é realizado o exame de gravidez.

Passo a passo

O método da inseminação artificial é composto de três etapas: indução da ovulação, coleta e preparo de sêmen e introdução dos espermatozoides no útero. Já a fertilização in vitro é dividida em quatro etapas: indução da ovulação, coleta de óvulos e da amostra de sêmen, fertilização dos óvulos no laboratório e transferência dos embriões para o útero.

Custo x benefício

A técnica da fertilização in vitro costuma ser mais cara porque é de alta complexidade e exige doses maiores de hormônio para estimular a ovulação. Além disso, ela carece de uma estrutura maior para ser realizada: há necessidade de internação, anestesia para sedação durante a captação de óvulos, mais assistência laboratorial (embriologia) para manipulação de gametas para a formação de um embrião. A inseminação artificial é mais simples, menor e pode ser realizada no próprio consultório. Em média, o custo de uma inseminação artificial varia de R$ 2,5 mil a R$ 4 mil; a fertilização in vitro custa entre R$ 12 mil e R$ 18 mil. E o tempo de tratamento dependerá muito da resposta ovariana de cada mulher ao estímulo hormonal.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/clinica-geral/como-funciona-a-reproducao-assistida/641/#

TESTE SANGUÍNEO PODE PREVER PRÉ-ECLÂMPSIA DURANTE A GRAVIDEZ

Novo exame de sangue pode ajudar os médicos a determinar se uma mulher vai desenvolver uma forma grave de hipertensão arterial, conhecida como pré-eclâmpsia durante a gravidez.

A pré-eclâmpsia pode danificar os rins, fígado e cérebro, e levar a complicações como parto prematuro, baixo peso ao nascimento e morte fetal.

O novo teste verifica os níveis de uma proteína chamada fator de crescimento placentário (PlGF), e foi avaliado em 625 mulheres britânicas.

De acordo com o estudo, 61% das participantes que desenvolveram pré-eclâmpsia tinham baixos níveis de PlGF.

Os resultados também mostraram que se os níveis de PlGF em uma mulher caem abaixo de um determinado limiar antes de sua 35 ª semana de gravidez, o bebê pode nascer num prazo de 14 dias.

“O teste foi projetado para diferenciar as mulheres com pré-eclâmpsia daquelas com pressão arterial elevada,” afirmou a pesquisadora Lucy Chappell.

“Os testes atuais apenas detectam a doença, nos precisamos prever que ela vai acontecer, evitando sua evolução e os consequentes danos aos órgãos.”

Ao utilizar o teste para identificar mulheres com alto risco de pré-eclâmpsia, “os médicos podem monitorar melhor e tratar a pressão arterial”, disse Chappell.

“Esta detecção precoce também evita internações desnecessárias das pacientes que não são susceptíveis a desenvolver pré-eclâmpsia.” (Isaude.net)

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/clinica-geral/como-funciona-a-reproducao-assistida/641/#

COMO O ESTRESSE ATRAPALHA A FERTILIDADE


Xavier Powell, concebido a partir da fertilização in vitro de um esperma de mais de vinte anos de idade (Foto: Reprodução / Wilson Aquino (waquino@istoe.com.br))

A relação entre o estresse e a infertilidade sempre intrigou médicos e pacientes. Afinal, qual é o peso da tensão no processo que dificulta ou impede uma gestação? Pesquisadores da Ohio State University, nos Estados Unidos, apresentaram as primeiras respostas a essa questão. Em um estudo divulgado pela revista científica “Human Reproduction”, eles apontam que as mulheres com altos níveis da enzima alfa-amilase – indicador biológico do estresse encontrado na saliva – possuem 29% menos chances de engravidar a cada mês em comparação àquelas com baixas concentrações da substância. Elas também estão duas vezes mais próximas de serem enquadradas na definição de infertilidade (não conseguem engravidar após um ano de tentativas) do que as menos estressadas.


SUCESSO – Carolina tentou engravidar durante três anos. Ansiosa, não conseguia. Depois da compra de Rocky, reduziu a tensão e hoje espera Mariana

Os cientistas avaliaram 501 voluntárias com idades entre 18 e 40 anos que tentavam engravidar e não apresentavam limitações clínicas ligadas à fertilidade. O acompanhamento se estendeu por 12 meses ou até as mulheres engravidarem. “Pela primeira vez, mostramos que o efeito do estresse é significativo”, afirmou Courtney Lynch, coordenadora da pesquisa.

Os processos pelos quais a tensão prejudica a possibilidade de gravidez estão sob estudo, mas há alguns mecanismos descritos. Um deles é sua consequência negativa para o amadurecimento e transporte do óvulo até o local onde poderia ser fecundado pelo espermatozoide. “O estresse também desencadeia a produção de enzimas que fazem com que o útero não possibilite o desenvolvimento da gestação”, explica o médico João Ricardo Auler, diretor médico da clínica Pró Nascer, do Rio de Janeiro. “Porém, o impacto é maior nas mulheres que estão em tratamento de fertilização, sujeitas a um nível de estresse semelhante ao de mulheres com diagnóstico de câncer”, afirma o especialista Isaac Yadid, membro da Sociedade Americana de Fertilidade. Há outro prejuízo: o estresse propicia a liberação de hormônios que contraem a musculatura uterina e diminuem sua vascularização, podendo, em alguns casos, provocar parto prematuro. “Trabalhos científicos identificam a maior incidência de partos prematuros e bebês de baixo peso entre mulheres com uma rotina de vida atribulada”, confirma a ginecologista Fernanda Frossard, do Rio de Janeiro.

O trabalho americano evidenciou a necessidade de apoio psicológico aos casais. “A maioria dos autores que estudam esse tema enfatiza a necessidade de uma abordagem psicológica nos serviços de reprodução assistida para trabalhar as tensões e frustrações advindas da infertilidade e do seu tratamento”, recomenda Paulo Gallo, professor de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A autora da pesquisa também enfatiza a importância do uso de métodos antiestresse por mulheres que tentam engravidar e, depois de seis meses, ainda não tiveram sucesso. “Elas devem reduzir seu nível de tensão com técnicas como a ioga ou a meditação”, afirmou Courtney à ISTOÉ.

A dermatologista Carolina Peçanha, 35 anos, encontrou outra saída para aliviar a tensão e engravidar – algo que estava tentando havia três anos, período no qual submeteu-se a cinco fertilizações in vitro e a duas inseminações artificiais. Carolina comprou um cachorro. Um mês de convivência com o animal – da raça Shih-tzu e chamado Rocky – reduziu seu estresse e finalmente a nova fertilização deu certo. “Agora espero a Mariana”, conta.

Fonte: http://istoe.com.br/359714_COMO+O+ESTRESSE+ATRAPALHA+A+FERTILIDADE/

MÊS DA MULHER: CONSCIENTIZAÇÃO DA ENDOMETRIOSE

O número assusta, não é? Uma em cada dez mulheres já possuem a doença e todas que menstruam ainda podem desenvolvê-la – o diagnóstico costuma variar entre 8 e 12 anos.


(Foto -Dr. Petta)

Mas o que é a endometriose?

A endometriose é caracterizada pela presença de tecido semelhante ao endométrio – camada que reveste o útero – fora do útero. Apesar de terem algumas semelhanças, o endométrio e a endometriose têm muitas diferenças entre si, o que não nos permite dizer que sejam o mesmo tecido. A endometriose pode atingir órgãos próximos à pelve, como útero, ovários, vagina, ligamentos, intestino, bexiga, apêndice, ou até os mais distantes, como diafragma, pulmões, cérebro, nariz, entre outros.

E quais são os sintomas?

Entre os principais sintomas, estão fortes dores pélvicas (cólicas menstruais), sendo que cerca de 45% a 70% das adolescentes com dores crônicas causadas pela menstruação estão entre as potenciais portadoras de endometriose.

Outro fator que cabe destacar é que a endometriose também é responsável por cerca de 40% a 50% da infertilidade feminina. Portanto, caso você esteja enfrentando dificuldades para engravidar, é fundamental buscar um médico de confiança e investigar.

Pelo terceiro ano consecutivo, o Brasil participará da Marcha Mundial pela Conscientização da Endometriose. A Marcha, que busca políticas públicas que reduzam o tempo médio de diagnóstico, acontecerá em mais de 60 países no dia 19 de março.

Como eu posso participar?

Não precisa ser portadora de endometriose para participar. Mulheres, homens, crianças e idosos podem se juntar a causa e apoiar milhões de portadoras e suas famílias. Você só precisa acessar esse link para fazer o cadastro! Aqui no Brasil a EndoMarcha acontecerá em 9 cidades a partir das 9 horas da manhã:

A líder nacional do evento é a jornalista Caroline Salazar, idealizadora do blog A Endometriose e Eu e também portadora da doença.

Fonte: http://www.daniellenoce.com.br/ideias/endomentriose/

ENDOMETRIOSE: A PRINCIPAL CAUSA DE INFERTILIDADE FEMININA


LarsZahner Photography/Thinkstock/Getty Images

1. O que é endometriose?

O útero das mulheres é revestido de um tecido chamado endométrio. Todos os meses, quando não há gestação, esse tecido descama e é eliminado com o sangue da menstruação. Quando há endométrio em outros órgãos, fora do útero, é diagnosticado endometriose. Esse tecido migra por meio da corrente sanguínea para órgãos como ovários, ligamentos pélvicos, intestinos, bexiga, apêndice e vagina. Em casos mais raros, pode ser encontrado em órgãos distantes, como pulmão, pleura e sistema nervoso central.

2. Por que as mulheres com endometriose sentem dor?

Esse tecido do endométrio, mesmo fora útero, continua sendo estimulado mensalmente pela ação dos hormônios do ciclo menstrual. E isso provoca uma reação inflamatória, o que causa dor quando a mulher menstrua. “A endometriose é a principal culpada pela dor pélvica feminina”, explica Maurício Simões Abrão, presidente da Associação Brasileira de Endometriose (SBE). “E os seis principais sintomas são: cólica menstrual severa ou que não melhora com remédios, dor durante a relação sexual, dor ao evacuar ou diarreia durante a menstruação, dor para urinar no período menstrual, dores entre as menstruações e, finalmente, infertilidade”, completa Abrão.

3. A endometriose é uma doença comum?

Sim. De acordo com a SBE, de 10 a 15% das mulheres em idade fértil apresentam a doença, ou seja, cerca de 6 milhões de brasileiras. Dessas, cerca de 10% não têm os sintomas do problema, por isso muitas só descobrem quando encontram dificuldade para engravidar. Esse motivo, aliado a diagnósticos tardios, faz com que o tempo médio desde o aparecimento dos sintomas até o diagnóstico seja de, em média, sete anos. Em pacientes com menos de 20 anos de idade, esse tempo aumenta para 12 anos.

4. O que causa a endometriose?

A endometriose foi a doença mais estudada em ginecologia nos últimos 15 anos, mesmo assim, todas as causas ainda não são conhecidas. Existem alguns motivos prováveis, de acordo com a Associação Brasileira de Endometriose (SBE), “como a menstruação retrógrada, que ocorre quando o fluxo sanguíneo volta pelas tubas uterinas, sendo derramado nos órgãos próximos, como ovários, peritônio e intestino. Outra teoria muito considerada para o desenvolvimento da doença são falhas no sistema imunológico. Outra hipótese estuda a transformação de células, que assumem as características do endométrio, fora do útero”.

5. Endometriose causa infertilidade?

Sim, em muitos casos o diagnóstico tardio causa infertilidade. “Isso acontece quando há acometimento das trompas, órgão que conduz o óvulo ao útero, além de poder se associar a alterações hormonais e imunológicas que dificultariam a gestação”, explica Abrão.

6. Todas as mulheres que têm endometriose são inférteis?

Não. João Dias, ginecologista do Hospital Sírio Libanês, de São Paulo, explica que “a endometriose faz com que o número de óvulos seja menor e menos eficiente. A doença não inviabiliza, mas diminui a chance de gestação”.

7. Por que dizem que a endometriose é a doença da mulher moderna?

Hoje, entende-se que existem mais casos de endometriose porque a mulher menstrua mais, já que retarda a maternidade e tem menos filhos. No início do século 20, a mulher menstruava cerca de 40 vezes e hoje tem, em média, 400 menstruações. Estresse, ansiedade e fatores genéticos também podem estar relacionados à incidência da doença.

8. Endometriose é uma doença nova?

Não. Os primeiros estudos sobre a endometriose datam de 1860, embora com outro nome. No ano de 1927, o médico J. A. Sampson começou a falar que a menstruação retrógrada seria uma das causas da doença.

9. Como é feito o tratamento da endometriose?

A doença pode ser tratada com uma cirurgia denominada laparoscopia ou por meio de medicações. Além disso, ações que melhorem a qualidade de vida, como exercícios, alimentação saudável e psicoterapia, são favoráveis ao tratamento.

10. Por que é tão longo o tempo entre o aparecimento dos sintomas até o diagnóstico da doença?

Porque a mulher demora a procurar o médico e o diagnóstico demora a ser feito. Abrão ressalta que, para obter diagnósticos precisos, “é importante olhar para a paciente e enxergar a mulher como um todo, não como um órgão”.

11. A endometriose causa câncer?

Não é possível garantir, mas os médicos estudam a associação da endometriose com outras doenças, como cistite e câncer.

12. Quem toma pílula anticoncepcional por muito tempo tem menos chance de desenvolver endometriose?

Não existe a comprovação da ligação da pílula anticoncepcional com a endometriose. “Sabemos que a mulher que toma pílula por muito tempo tem menos câncer de ovário e menos câncer de endométrio. Ela pode mascarar os sintomas, mas não existem estudos que comprovem que pílula evite a endometriose”, afirma Abrão.

13. Gravidez cura endometriose?

Abrão explica que essa é uma verdade relativa: “A endometriose é tratada durante a gravidez, mas não quer dizer que a mulher não vai ter a doença depois”.

14. Como sei se tenho endometriose?

O melhor a fazer é procurar o seu médico. Converse, tire todas as suas dúvidas e nunca tome remédios sem consultá-lo. “Cada mulher é uma história”, avisa Abrão.

15. A endometriose tem cura?

“Não podemos dizer que a doença vai ser curada, mas atualmente ela pode ser muito bem administrada”, garante Abrão.

Fonte: http://bebe.abril.com.br/parto-e-pos-parto/endometriose-a-principal-causa-de-infertilidade-feminina/

MITOS E VERDADES SOBRE ENDOMETRIOSE


Foto: Getty Images

 


1 Mulher com cólica

Mito. Sabe-se que a endometriose é uma doença que depende do hormônio estrógeno para seu desenvolvimento. Este é o hormônio feminino mais importante produzido pelo ovário durante a vida reprodutiva da mulher. Além disso, ele também é produzido pelo tecido gorduroso (apesar de ser em sua forma menos ativa), o que favorece uma piora da doença. Predisposição genética, estilo de vida, queda do sistema imunológico e alterações no fluxo menstrual são fatores que predispõem ao aparecimento da doença

 


2 Mulher preocupada

Verdade. Apesar de não ter cura definitiva, a endometriose possui opções de tratamento. A escolha da terapêutica mais adequada dependerá da severidade dos sintomas e do grau da doença instalada

 


3 Tratamento da mulher

Verdade. A endometriose é uma doença progressiva. A falta de tratamento vai causando processos de aderências e infiltração dos focos da doença em órgãos vizinhos, podendo atingir o intestino, os ovários e a bexiga. Além disso, pode causar infertilidade em casos avançados e quadros de dores crônicas, mesmo fora do período menstrual, que não melhoram com medicações analgésicas

 


4 Mulher infértil

Mito. Na maioria das vezes, a infertilidade pode ser revertida com tratamentos específicos. Na pior hipótese, a mulher é submetida a um tratamento de fertilização in vitro, que tem apresentado altas taxas de sucesso, mesmo em mulheres com antecedentes de endometriose.

 


5 Endometriose

Cólicas fortes que pioram a cada mês, aumento do fluxo menstrual, dores abdominais e dor durante a relação sexual são alguns dos sintomas associados à endometriose, uma doença caracterizada pela presença de tecido endometrial, que reveste o útero internamente. Cerca de 15% da população feminina, com idade entre 15 e 45 anos, sofre com a doença.

Rosa Maria Neme, ginecologista graduada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e diretora do Centro de Endometriose São Paulo, vai esclarecer suas dúvidas nos slides a seguir.

6 Por que dizem que a endometriose é a doença da mulher moderna?

Hoje, entende-se que existem mais casos de endometriose porque a mulher menstrua mais, já que retarda a maternidade e tem menos filhos. No início do século 20, a mulher menstruava cerca de 40 vezes e hoje tem, em média, 400 menstruações. Estresse, ansiedade e fatores genéticos também podem estar relacionados à incidência da doença.

7 Endometriose é uma doença nova?

Não. Os primeiros estudos sobre a endometriose datam de 1860, embora com outro nome. No ano de 1927, o médico J. A. Sampson começou a falar que a menstruação retrógrada seria uma das causas da doença.

8 Como é feito o tratamento da endometriose?

A doença pode ser tratada com uma cirurgia denominada laparoscopia ou por meio de medicações. Além disso, ações que melhorem a qualidade de vida, como exercícios, alimentação saudável e psicoterapia, são favoráveis ao tratamento.

9 Por que é tão longo o tempo entre o aparecimento dos sintomas até o diagnóstico da doença?

Porque a mulher demora a procurar o médico e o diagnóstico demora a ser feito. Abrão ressalta que, para obter diagnósticos precisos, “é importante olhar para a paciente e enxergar a mulher como um todo, não como um órgão”.

10 A endometriose causa câncer?

Não é possível garantir, mas os médicos estudam a associação da endometriose com outras doenças, como cistite e câncer.

11 Quem toma pílula anticoncepcional por muito tempo tem menos chance de desenvolver endometriose?

Não existe a comprovação da ligação da pílula anticoncepcional com a endometriose. “Sabemos que a mulher que toma pílula por muito tempo tem menos câncer de ovário e menos câncer de endométrio. Ela pode mascarar os sintomas, mas não existem estudos que comprovem que pílula evite a endometriose”, afirma Abrão.

12 Gravidez cura endometriose?

Abrão explica que essa é uma verdade relativa: “A endometriose é tratada durante a gravidez, mas não quer dizer que a mulher não vai ter a doença depois”.

13 Como sei se tenho endometriose?

O melhor a fazer é procurar o seu médico. Converse, tire todas as suas dúvidas e nunca tome remédios sem consultá-lo. “Cada mulher é uma história”, avisa Abrão.

14 A endometriose tem cura?

“Não podemos dizer que a doença vai ser curada, mas atualmente ela pode ser muito bem administrada”, garante Abrão.

Fonte: http://bebe.abril.com.br/parto-e-pos-parto/endometriose-a-principal-causa-de-infertilidade-feminina/

10 COISAS A NÃO FAZER SE TEM PROBLEMAS DE FERTILIDADE

Rachel Gurevich, especialista em fertilidade do site About.com, fez uma lista de 10 coisas que pode estar a prejudicar a sua vida numa altura tão complicada.

1. Pare de se culpabilizar

Não estar a conseguir engravidar pode ter a ver com uma série de factores. Seja porque demorou muito a decidir ter uma família, seja tem um problema genético, tem de parar de se culpabilizar. Não ajuda nada e só a deprime ainda mais. A maioria dos casos de fertilidade não são previsíveis nem evitáveis, ou seja, não há maneira de saber se podia ter feito algo de diferente para evitar os problemas que está a ter em engravidar.

Concentre-se no que é importante: o que pode efectivamente fazer para ‘combater’ este problema?

2. Não fique à espera de um milagre

Se está há mais de um ano a tentar engravidar (ou há mais de seis meses, se tiver mais de 35 anos), não fique à espera de um milagre e consulte um especialista em fertilidade.

Há muitos problemas de fertilidade que se agravam com o passar do tempo, ou seja, se esperar demasiado, pode ser tarde demais.

Não adie os exames e verifique se tem algum problema de saúde – isto aplica-se a si e ao seu companheiro.

3. Não perca a esperança

O diagnóstico de infertilidade é sempre um choque mas não se deixe abalar. Não se deixe levar por pensamentos como “nunca vou poder ter filhos” ou “vou ser infeliz o resto da vida”.

Claro que é possível que não consiga engravidar mas foque-se no lado positivo da questão. Hoje em dia, a medicina está mais avançada do que nunca e há cada vez mais tratamentos. Consulte o seu médico sobre os procedimentos mais adequados para o seu problema.

Caso se confirme o pior cenário, há outras maneiras de ter um filho. Há centenas de crianças à espera de uma família.

4. Não desista à primeira

Vários casais têm problemas com os seus médicos: ou não querem fazer os testes de fertilidade porque os consideram demasiado novos, ou não querem fazer determinado tratamento porque acreditam que não vai servir de nada.

Se não concorda com o seu especialista, pode sempre recorrer a uma segunda opinião. Consulte outro médico e vejo o que tem para lhe dizer.

5. Não viva a vida de duas em duas semanas

Quando se está a tentar engravidar, as mulheres (e até o casal) vive “duas semanas”: as duas semanas de espera pela ovulação e as duas semanas que tem de esperar até poder fazer o teste de gravidez

Não pode viver em constante ansiedade. Tente abstrair-se (ainda que seja difícil) e tente concentrar-se noutros objectivos.

6. Não baseie o seu amor-próprio na fertilidade

Muitas mulheres que não conseguem engravidar começam a sentir-se deprimidas, envergonhadas e sem auto-estima.

Lembre-se de como era antes de iniciar todo este processo e não deixe que os tratamentos de fertilidade ‘tomem contem’ da sua vida. Não se torna numa pessoa diferente só porque não consegue engravidar.

7. Não olhe para a sua vida sexual como uma máquina de fertilidade defeituosa

As relações sexuais não têm de ser diferentes porque está a tentar engravidar. Antes de começar este processo, olhava para o acto sexual como algo mais profundo do que apenas uma maneira de ficar grávida. Não se esqueça disso e não deixe que aquilo que sentia durante a relação sexual desapareça.

8. Não espere pela família ideal para começar a viver

A sociedade tem uma visão muito limitada no que toca ao conceito de família. Não se limite ao clássico “pai + mãe + filho + filha” e comece a viver a sua vida com o seu companheiro em família, celebrando todas as tradições como se tivesse vários filhos.

9. Não sofra em silêncio

Muitos casais que olham para o problema de fertilidade como algo vergonhoso, acabam por não partilhar as suas inseguranças com ninguém e isso é extremamente negativo para o indivíduo e para o casal. Nessa altura, uma pequeno problema torna-se um monstro desnecessariamente.

Ninguém está a dizer para gritar aos sete ventos mas confidencie os seus receios às pessoas em quem confia e que sabe que vão apoiá-lo. Vai ver que se vai sentir melhor.

10. Não tente enfrentar esta ‘aventura’ sozinho

Acredite numa coisa: não é a primeira pessoa ou casal que não consegue engravidar e há sistemas de ajuda que o pode apoiar nestas alturas. Ainda que a família e os amigos sejam essenciais, porque não experimenta recorrer a um psicólogo ou a blogs de pessoas que já passaram pelo mesmo?

E lembre-se, o casal tem de se manter unido. Falem um com o outro e partilhem os seus receios.

Fonte: https://sol.sapo.pt/noticia/122977

ASPECTOS EMAOCIONAIS DA INFERTILIDADE FEMININA

A motivação para a criação deste texto partiu da percepção que temos, por meio da prática clínica, da repetição de histórias muito parecidas vivenciadas por mulheres que se deparam com o diagnóstico de infertilidade.

A infertilidade, para a Medicina, é a dificuldade de engravidar após 12 meses de tentativas, sem uso de nenhum método contraceptivo. No entanto, para as pacientes que vivenciam esse problema, a infertilidade está além desta definição, é mais do que isso. Não conseguir gerar um filho com a pessoa amada e não conseguir dar continuidade à família é por demais frustrante e desmotivante. Além disso, a sociedade estipula uma série de etapas a serem cumpridas pelas pessoas. Quando uma delas não é cumprida, aparecem as cobranças e imposições. Assim é se você não namora, precisa “arranjar” alguém; se já namora, precisa casar; e, se já casou, precisa ter filhos…

A imposição dessa ordem linear de acontecimentos colabora para pressionar ainda mais os casais que tentam engravidar. E, se estes não marcarem o seu espaço frente à demanda do outro, pontuando o que os incomoda, para se protegerem, as angústias podem tornar-se insuportáveis.

Misto de sentimentos

É comum perceber, com toda essa problemática, que as mulheres com dificuldade de gravidez começam a se fechar num mundo muito solitário e frio. Deixam de sair com receio dos comentários alheios, sentem-se inferiorizadas frente às demais mulheres, pouco dividem com seus companheiros sentimentos e pensamentos com medo da rejeição do parceiro e, em alguns casos, abandonam seus empregos para dedicarem-se exclusivamente ao tratamento para engravidar.

Com tantas limitações, a infertilidade acaba estando presente em tudo, uma vez que se configura como “não produzir, não criar”. Se imaginarmos um terreno a ser germinado e colocarmos a infertilidade em apenas uma porção, com o passar do tempo, olhamos novamente este mesmo terreno e percebemos que a porção infértil ocupou uma área maior. Isso não precisa necessariamente ser assim.

Percebemos haver uma tendência das mulheres a levarem a infertilidade para outros espaços de sua vida, uma vez que a situação e os fatores a ela relacionados são frustrantes e angustiantes, gerando, principalmente, sentimentos de impotência.

Para contornar este período difícil da vida é necessário que essas mulheres consigam “adubar” e “preparar a terra” a fim de que outras produções sejam possíveis, expandindo seus horizontes para além da gravidez. O processo psicoterapêutico em muito auxilia essa questão. Algumas pacientes engravidaram justamente no momento em que se viam produtivas no trabalho e maduras em sua vida pessoal.

Para situações delicadas e singulares como o enfrentamento da infertilidade conjugal não existem receitas prontas (para alguma dificuldade na vida existe?); mas, certamente, a busca por essa expansão de interesses trará um sentimento de eficiência e de auto-valorização para essas mulheres, enquanto a gravidez não vem.

Fonte: http://guiadobebe.uol.com.br/aspectos-emocionais-da-infertilidade-feminina/